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Mostrando postagens de abril, 2016

Banaboé Cariá: Sessão concorrida

Composição da mesa do evento Numa sessão especial bastante concorrida, na noite desta quinta (28/04), a Câmara Municipal de Esperança foi palco para o lançamento do livro “BANABOÉ CARIÁ: RECORTES DA HISTORIOGRAFIA DE ESPERANÇA”, do escritor e historiador Rau Ferreira. Com a presença de autoridades dos três poderes e de pessoas do povo e da sociedade, a câmara ficou lotada na expectativa de conhecer o trabalho que conta a história de Esperança nos seus mais diversos aspectos. Na tribuna, todos destacaram a importância do momento e quanto valorosa foi a iniciativa do escritor em registrar a história esperancense com dedicação e competência. Entre os oradores que se alternaram na tribuna, o vereador presidente José Adeilton Amazan, deputado Arnaldo Monteiro, procurador Antônio de Pádua Torres, juíza Fracilene Lucena, a presidente do Instituto Histórico de Campina Grande Maria Ida Steinmuller. Ainda apresentando o escritor e representando a comissão de revisão do livro composta

Banaboé Cariá: Discurso de lançamento

Exmo. Sr. José Adailton da Silva Moreno (Amazan), Presidente do Poder Legislativo, na pessoa de quem saúdo os vereadores aqui presentes. Exmos. Srs. Anderson Monteiro Costa, prefeito constitucional do Município de Esperança, e Arnaldo Monteiro Costa, Deputado Estadual, Exma. Sra. Ida Maria Steinmuler, presidente do IHCG, e Dra. Juciene Ricarte Apolinário, vice-presidente; secretários municipais, diretores de escola, professores, convidados, demais autoridades e o público aqui presente. Boa noite! É com grande alegria, e com o espírito de dever cumprido, que nos reunimos hoje para o lançamento do livro BANABOÉ CARIÁ – RECORTES DA HISTORIOGRAFIA DO MUNICÍPIO DE ESPERANÇA. Quero primeiramente agradecer a Deus, que me dotou de inteligência, de uma curiosidade aguçada e uma inquietação enorme, sem as quais a escrita desta obra não seria possível, o Senhor tem me proporcionado vitórias, e estamos aqui para festejar essa grande conquistar, que é a de escrever sobre a histór

Disfarce (P. S. de Dória)

Há quanto tempo a dor dentro em meu peito, Me faz sentir da vida o desencanto! Mas mesmo assim, na dor, sem muito jeito, Faço de contas que só sinto encanto. Se levo a vida assim sem ter conceito, Sem externar, sequer, esse meu pranto, Faço ironia desse preconceito, De contas faço não sentir, no entanto, Sentindo apenas descontentamento Eu clamo, às vezes, sem fazer lamento... Por Deus eu clamo sem dizer seu nome. Debalde! Vem uma angustia e me invade a alma, Me atormenta e me retira a calma, Só em pensar na dor que me consome.                                                 Rio de Janeiro, Maio de 1985                                PSdeDória

Banaboé Cariá - Convite de lançamento

Convido a todos para o lançamento do livro “BANABOÉ CARIÁ – RECORTES DA HISTORIOGRAFIA DO MUNICÍPIO DE ESPERANÇA”, que acontecerá na próxima quinta-feira (28/04), pelas 20 horas, na Câmara Municipal de Esperança. A obra é um marco na literatura esperancense, e vem preencher uma lacuna acerca da história local. Nesse aspecto, o escritor Rau Ferreira aprofundou as suas pesquisas em documentos que datam de 1757, assim como cuidou em dar os contornos da formação municipal, através das Cartas de Sesmarias concedidas durante o Império. Assim, trata da geografia do município, a emancipação e seus primeiros anos, a infra-estrutura, os limites e as principais instituições municipais. O Capítulo sobre a cultura aborda as artes e seus autores. Há tópicos específicos sobre o esporte, religião e jornalismo no Município de Esperança. O livro tem o apoio do gestor municipal, Anderson Monteiro Costa, com a participação da Comissão revisora, formada por Evaldo Brasil, Carlos Almeida e o ex-s

José Morais (Chiclete): Um craque internacional esperancense

José Morais (Chiclete) A história do futebol em Esperança tem início em 1919, com o “Epitácio Pessoa F. C.”. A equipe esperancense homenageava, na época, o ex-presidente brasileiro, único paraibano a assumir o maior posto do executivo. Comenta-se, ainda, que o Soldado Melão trouxe uma “Bola de couro de onça pintada”, troféu de guerra da Revolução Constitucionalista (1933). Desde então, grandes futebolistas tem surgido nesta terra, a exemplo de Mafia, Piaba, Gilvan, Neide etc. E encabeçando o rol dos melhores atletas, está “Chiclete” que é desconhecido da nova geração. José Morais nasceu em Esperança, filho do casal Severino Ramos Morais e Maria Nicolau Costa. Ganhou o apelido de “Chiclete”, com o qual ficou conhecido nos campos. O craque da pelota iniciou sua carreira na equipe juvenil da Portuguesa de Cruz das Armas, na capital paraibana. Passou também pelo Auto Esporte (1961) e vestiu a camisa do Campinense Clube onde foi bicampeão paraibano (1961/62). Partindo para o Rio

Art Déco em Esperança

Adaptação dos princípios gerais do cubismo, exotismo e Art Noveau; geometrizada nas linhas arquitetônicas, o estilo “Art Déco” possui como características principais: a presença de objetos circulares ou retângulos estilizados, designe abstrato e formas femininas ou de animais trabalhados. Em Esperança – o “Lyrio Verde da Borborema” - estas arte decorativa pode ser observadas em algumas edificações antigas. O grande exemplo é o extinto Cine “S. José”, que ficava na rua principal (Av. Manuel Rodrigues). O edifício apresentava retângulos em paralelas, linhas retas e escalonadas (fachada) e curvas (porta principal). O cinema foi demolido juntamente com a casa do primeiro prefeito para dar lugar a sede do Banco do Brasil em nossa cidade. Cine São José (1987) Também a sede da prefeitura (que se localizava no Calçadão), igualmente recebeu influência desta arte. Construído em 1934, durante a administração de Theotônio Costa, possuía dois andares, 24 janelões e três sacadas; ressaltan

O fim de um ciclo

Mais um ciclo termina. E um outro está para começar. Não é fácil atravessar transição quando se está vivenciando os fatos, mas enfim... Essa semana fizemos a despedida de trabalho de duas colegas: Ozanilda e Lúcia Martins que se aposentaram depois de anos dedicados à justiça. Ozanilda em seu discurso disse que começou a trabalhar com 13 anos de idade, em uma loja de tecidos, pelo que sabemos na loja de seu Joca Aciole. Ela tinha uma amizade com Zefinha que já trabalhava no Cartório de Celita e falou para a tabeliã e o convite estava feito; Ozanilda foi trabalhar no cartório sem ter experiência alguma. Disse que muitas vezes se trancava no arquivo e chorava por não saber o que fazer, mas como era muito irrequieta e curiosa, aprendeu a datilografar e passou a cumprir alguns processos, a pedido de Bernadete pois na época o juiz atendia no tabelionato, fazia as audiências e também despachava. Não demorou muito para o Dr. Nilo Ramalho convocar Ozanilda para trabalhar para o judiciári

Da descontinuidade cultural (ou ciclo vital autofágico)

Por esses dias encontrei-me com Raimundo Viturino – filho do nosso querido Moleque Sapateiro – que veio a Esperança pelo luto de sua querida mãe (30/03); falamos de assuntos diversos, a lamentar a descontinuidade cultural: a luta de Marquinhos Pintor, seu irmão; a persistência de alguns; o abandono dos intelectuais da geração anos 80 (a exemplo de Jacinto Barbosa); os ideais que nos cercam! Providencial é mesmo a vida, e hoje me remete o amigo Jônatas Pereira um recorte do antigo DB (Diário da Borborema) em texto assinado por parte da nata intelectual daquela geração: Roberto Cardoso, Marinaldo Francisco e Josemiltom Pereira. Mas as coincidências não ficam por aí. Não fosse as minhas conjecturas com Evaldo Brasil sobre estes fatos que envolvem a cultura esperancense, e que ousamos chamar de “Ciclo Vital Autofágico”, pois a cada dez anos uma pedra se move neste arraial para acontecer algo inolvidável. O problema é que outra só vai cair no próximo Halley! Pois bem. Dizia-se naquel

Ouçam aquele sax! (por Carlos Almeida)

Diogo Batista: Grande seresteiro - É ele, é ele, é ele! - Ele quem, homem de Deus? - É Zé Boneco. Escutem o som do saxofone! - Tais delirando, Diogo. Zé Boneco escafedeu-se, tá lá no Rio... Dia já amanhecendo e aquele "mói" de gente aguardara transporte para o regresso à Esperança. Dava para ver a barra da aurora brigando com a escuridão da madrugada. Era um domingo, a noite do sábado ficará para trás com o enfado da seresta e bebericagens. Não era fácil encontrar transpor àquele tempo, o jeito era esperar no breu do tempo. Fazia-se um silêncio melancólico, sem cantos nem encantos de ave alguma. Nem mesmo os galos se ouvia anunciando aquele amanhecer que se demorara por chegar, nos conta Vicente Simão, um dos presentes naquele episódio em terras de Campina Grande. Do nada se vê Diogo Batista, seresteiro de ouvidos mais que apurados, pedir silêncio como se maior silêncio fosse possível. Todos estranharam aquela atitude até que Diogo insiste e, de pronto

Esperança em 1914

Este artigo faz parte da série “Esperança em cada ano”. Já escrevemos aqui os aspectos do nosso município nos anos 1889, 1909, 1915 e 1933. Não há por assim dizer muita diferença do ano de 1915, que já escrevermos aqui no BlogHE, contudo algumas ponderações precisam ser feitas a partir de dados coletados no Dicionário Corográfico de Coriolano de Medeiros. Nesse aspecto, Esperança contava em 1914 com cerca de 800 habitantes. Já era um pequeno povoado há 15Km de Alagoa Nova, sua sede. Por essa época já possuía uma igreja bem edificada, agência dos correios, escolas primárias e comércio regular. A igreja iniciada em 1860, foi concluída dois anos depois. A agência dos correios data de 1885. Não havia escolas. Trata-se de um jargão da época (1914). O que existiam era “aulas” do Professor Joviniano Sobreira e sua esposa, que funcionavam no sistema de internato para o ensino primário desde 1889. O comércio remonta a própria feita (1860), sendo os estabelecimentos, na sua maioria, abe

Notas de Estanislau Pimentel

Estanislau Pimentel Estanislau Passos Pimentel costumava escrever para a revista carioca “O Malho”, onde encontramos algumas de suas notas. Replicamos aqui, as mais importantes. Para alguém que só pensava no futuro, sem se ater ao presente escreve: “Por que, em vez de só netos, você não trata de fazer descendentes um futuro mais próximo. Olhe que o povoamento do solo saber-lhe-ia agradecer melhor e mais proveitosamente do que nós...”. A sua maior nota romântica se pode ver nesse texto: “A ti...! O desprezo é a maior dor de um coração apaixonado. - Quão doce é amar, uma mulher encantadora, quando não é – volúvel! - Uma noite de melancolia, faz recordar os dias felizes de outr’ora”. Para a mademoiselle J. Brandão, após recepcionar a sua carta confessa: “Vou escrever-lhe, respondendo melhor as perguntas que me faz, madame”. Charadista, o seu nome consta do livro de inscrição para os campeonatos de 1918/1927 produzido por pelo “Malho”. Eis um pequeno exemplo: “1

De quando a paróquia chorou

Monsenhor Manuel Palmeira da Rocha O amigo Jônatas Rodrigues Pereira enviou-me uma reportagem assinada pelo saudoso jornalista Jacinto Barbosa sobre a eleição de Dom Palmeira para Bisco de Pesqueira/PE. A matéria ocupa duas páginas do Diário da Borborema. Neste artigo faço um breve relato da sua despedida desta paróquia: Foi numa terça-feira, 25 de março! A notícia havia sido veiculada na Rádio Caturité por Dom Manuel Pereira em seu programa diário e, apesar da audiência desta estação, demorou até que toda a comunidade católica absorvesse o seu conteúdo: Padre Palmeira estava indo embora! O Papa João Paulo II lhe teria escolhido para ser Bispo em Pesqueira/PE. Nesse dia o sino da igreja matriz tocou mais forte. Muitos acorreram à casa paroquial e encontraram o padre que há 29 anos aprenderam a amar entre cumprimentos e lágrimas. Eram pessoas de todas as classes sociais. O Monsenhor Palmeira demonstrava um misto de alegria e tristeza. O povo não entendia. A ingenuidade dos