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Mostrando postagens de outubro, 2015

Reminiscências... (P. S. de Dória)

No ano de 1955, a cidade de Esperança-PB, muito jovem ainda, com apenas trinta anos de emancipação política e com uma população, portanto, bem pequena, já se destacava pela cultura da batatinha e como exportadora desse tubérculo, até para fora do Estado.           Diante de outros municípios fronteiriços vivia uma boa fase econômica, pois deslanchava naquele ano um promissor e crescente comércio do sisal (a agave), que a partir do início da década de 60 já tinha à frente como comprador dos produtores daquela fibra, (NOGUEIRA & CIA), empresa pertencente ao ilustre esperancense e empresário, o senhor Antônio Nogueira dos Santos.           Instalara-se também, antes daquele ano, uma próspera fábrica de redes que agregava um vasto número de teares artesanais, empreendimento este pertencente a um dos pioneiros e conhecidíssimo homem de visão, o senhor Pedro Calixto do Nascimento, empregando um número considerável de famílias da cidade.           Havia uma febre no que se refere à

Rua dos Mercantes

Cultura e história parecem andar de mãos dadas. Em uma reunião sexta-feira (23/10), me encontrei com Marquinhos Pintor e este me perguntava sobre a rua dos Mercantes. Dizia que passando pelos Tributos, os fiscais estavam procurando atualizar um endereço. Interessado pelo tema permaneceu ali alguns minutos para descobrir onde seria essa artéria. O nosso município tem um histórico de ruas populares que se sobrepõe ao nome oficial. Não é demais lembrar as ruas Chã da Bala, do Sertão, rua do Boi, do Açude e Paroquial. A legislação cuidou de homenagear pessoas, sendo estas Manuel Rodrigues de Oliveira, Solon de Lucena, Epitácio Pessoa, Professor Joaquim Santiago e Monsenhor Severiano. Engrossando essa fileira, temos a rua do Carretel, rua da Gameleira e rua dos Avelós. Estas cujos nomes se perderam no tempo, assim com a que ora se apresenta – rua dos Mercanteis – tinham uma razão de ser, pois conduziam a caminhos mais ou menos tortuosos (Carretel), aos prazeres da vida d’outrora (Avel

60 Anos de Missão, Irmãs Lúcia e Redenpta

Irmãs Lúcia e Redenpta As Irmãs Missionárias Lúcia e Redenpta completaram em no último dia 03 de outubro deste ano (2015) 60 anos de missão. A Capela de Santo Antônio, localizada na rua Monsenhor Palmeira, ao lado da antiga Maternidade S. Francisco, se encheu com a presença daquelas pessoas que vieram prestigiar esse momento especial. Participaram da celebração em homenagem às irmãs o nosso querido Padre Antoniel Batista dos Santos e o contador João Belarmino. As religiosas estavam muito emocionada pelo reconhecimento quanto a importância deste momento. Elas receberam as bênçãos dos celebrantes, e um ramalhete de flores. Após o momento ecumênico, houve uma recepção no Centro Pastoral, ao lado da Escola Dom Palmeira. Essas informações foram colhidas através do perfil do Facebook de pessoas que estiveram presentes. Rau Ferreira

Música de Campanha de Dogival Costa

Dogival Costa foi vereador por três legislaturas, atuando na presidência da Casa de “Francisco Bezerra”. A sua carreira política conta ainda com a vice-gestão no governo de Antônio Coêlho Sobrinho (1969-73). Em entrevista a seu Jovino Pedreiro, este nos lembrou da sua música de campanha, que segue: “ Luiz Martins tá pedindo Prá gente votar Em seu Antônio Coêlho Prá Esperança não parar Vote certo, pode votar Antônio Coêlho tá em primeiro lugar Dogival Belarmino Também tem o seu valor É honesto e honrado e muito trabalhador Vote certo, pode votar Antônio Coêlho tá em primeiro lugar ”. Na oportunidade, seu Jovino disse que havia um panfleto de campanha que era Dogival em cima de um coelho com uma maleta cheia de votos.   Rau Ferreira Fonte: - Entrevista a Jovino Pedreiro, rádio BanFm 16/10/2015.

Barbeiros Esperancenses (Parte II)

Em nosso quadro “Esperança na história”, hoje (23/10/2015) falamos um pouco sobre os barbeiros, essa profissão que está em extinção em nosso Município. Na oportunidade, recebemos a ligação da ativista cultural Vitória Régia para nos lembrar que Rangel foi o primeiro barbeiro de nossa cidade, cujo salão era na rua da Lagoa. Em seus comentários, Luciano André disse que os barbeiros antigos gostavam de ouvir cantorias, lembrando que na atualidade Sérgio que trabalha no Trade Center, ainda pratica essa arte tão antiga. Alguns ouvintes lembraram o irmão Zezinho que trabalha em Adinael e também atende à domicílio, Ulisses Barbeiro (tio de João Paulo Passarinho), esse ainda vivo, no auge de seus 90 anos de idade. Dona Lindalva lembrou seu Neco Barbeiro e o pai de Mané Galego (Antônio). Foram mencionados ainda Severino Garcia, como sendo um dos mais antigos, e Terezinha da Travessa Irene Vieira Guimarães que também fazia barba. Dona Terezinha, mãe de Djalma da São José, ligou para diz

Uma sextilha jocosa

A tradição do repente em nossa cidade já foi muito discutida nesse blog. Não é demais anotar a importância dos cantadores na formação cultural de nosso povo. Nesse aspecto, lembra o amigo Arimatéa – Oficial de Justiça de nossa Comarca – que José Laurentino, salvo engano, cantou certa vez no CAOBE em um encontro de cantadores, narrando a estória de um casal português que visitou o Nordeste. Na oportunidade, o repentista indagou o nome do casal e improvisou a seguinte sextilha: “ Aqui vai minha homenagem Para o casal de Lisboa Seu nome é Felipe E Bossiê sua patroa Esse nome tirou um fino Numa coisa muito boa ”. Dizem que conta um conto aumenta um ponto. No caso dos versos é costume modificar a rima. Coisas do meu torrão! Em nossa versão, os versos acima ficaram da seguinte forma: “ Aqui vai minha homenagem Para o casal de Lisboa Felipe é o marido Bossuet sua patroa Vou dizer para vocês: - ô povo lindo! Esse nome tirou um fino Numa coisa muito boa ”.

A escola e seus costumes

Fachada da antiga "Escola Paroquial" (Ginásio Diocesano) As escolas sempre praticaram boas maneiras. Dentre elas, destacamos as canções que eram entoadas para recepcionar os visitantes, acordar o dia, alegrar a tarde e de despedidas aos convivas. Essas músicas nos remontam a um tempo lúdico, de lembranças sem iguais, cujo repertório permanece gravado em nossa memória. No Ginásio Diocesano – atual Escola Dom Palmeira – não poderia ser diferente. Os mestres eram orientados a iniciarem as suas aulas com uma canção de “bom dia”, e logo após recitarem um “padre-nosso”. Esse era o primeiro passo antes de se tomar a lição. Com facilidade, a colega Lúcia Martins rememorou os versos daquela música: “ Alô, bom dia/ Oh como vai você/ Um olhar sempre amigo/ Um claro sorriso/ Um aperto de mão/ Bom dia nada custa/ ao nosso coração/ É bom saber/ dar bom dia ao nosso irmão/ Se Deus tiver de amar com distinção/ Alô, bom dia irmão !”. Já no meu tempo, cantávamos o seguinte: “ Bom dia

Barbeiros Esperancenses

Zé Costa fazendo a barba de Chico Braga Narrando as suas memórias, o ilustre João de Patrício relata a extinção dos barbeiros, cujo texto está publicado no seu blog “Revivendo Esperança”. Neste, relembra Zé Costa, que também atuou no município como Fiscal de Menores, função que muito se assemelha àquela que é realizada pelos Conselheiros Tutelares. Assim, gostaria de dar a minha contribuição, lembrando os antigos barbeiros que atuaram em Esperança: Zé Calor, no início da rua do Sertão; Luiz Barbeiro, casado com dona Terezinha; Pedro Barbeiro, ao lar do Bar de Basto Finfa; Antônio Barbeiro, que durante muito tempo trabalhou vizinho à Didi de Lita, e depois se mudou para o lado da Igreja; Raimundo da Madeireira, que por um tempo também cortou cabelo, e Antônio Barbeiro, pai de Mané Galego. Cícero Clementino Dentre estes, escolhi o Sr. Cícero Clementino dos Santos para homenagear. Seu Cícero ingressou na profissão aos 17 anos, e trabalhou por mais de 55 anos como barbeiro

Ginásio Diocesano: Algumas notas

O Ginásio Diocesano foi obra do Monsenhor João Honório de Melo com o fim especial de proporcionar à juventude esperancense “ uma instrução sólida e educação religiosa, cívica e física ”, preparando a mocidade para os grandes e nobres ideais de Deus e da Pátria. Sua pedra fundamental foi lançada em 1945, mas com a transferência do pároco motivada por questões políticas, coube ao jovem padre Manuel Palmeira da Rocha a sua conclusão oito anos depois. Situado no ponto mais elevado da cidade, contava com salões de aula, dormitórios e áreas para recreio. Segundo uma publicação da época: “ Tudo o que a higiene e o conforto exigem para o completo bem estar dos educandos, o Ginásio pode proporcionar, dadas as suas instalações e o clima salubérrimo de que gosa a cidade” (D.O.E., 18/05/1952). Dispunha o educandário de Primário (seriado em quatro classes), Complementar ou de Admissão (em um ano) e Ginasial (seriado de acordo com o programa oficial do ensino secundário). Os dois primeiros cur

Achismo

Acho meu povo bem festeiro De tradições e glórias lusitanas De ritmos e prosas de Luanda Do judeu e do ilustre forasteiro Uma gente brava e bacana Que a ama o Nordeste brasileiro E se destaca no hemisfério sulamericano. Rau Ferreira