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Mostrando postagens de agosto, 2015

Homenagem ao Professor Peixe

Professor Fernando Mota Peixe Imagem: http://professorcobrha.blogspot.com.br/ Natural de Pernambuco, Fernando Mota Peixe chegou em Esperança através de José Luiz do Nascimento, que na época era professor de educação física e, surgindo a necessidade de se criar uma banda marcial no antigo Ginásio Diocesano, e tendo ele ouvido falar que em Areia havia um instrutor, falou com Manuel Vieira, à época diretor daquele educandário, que chamou o Professor Peixe para dar aulas de músicas aos alunos diocesanos. Por esse tempo foram introduzidos em Esperança, pelo professor Peixe, o Handebol, modalidade esportiva semelhante ao futebol, mas que jogada com as mãos, além do futebol de Salão, através de Zé Luiz, tudo isso por volta de 1963. O professor Peixe era autodidata e possuía uma técnica inconfundível de ensinar bandas marciais. Na cidade de Areia, onde vivia desde os anos 40, atuava junto ao Campus da UPFB, onde foi instrutor das Bandas Marciais das escolas Min. José Américo de Almei

O inseto que leva o veneno das pestes ao cálice das rosas puras

Minhas amigas! Há uns tantos Que vêem um sentido mau nos versos lindos Que eu vos desfolho como os Gregos desfolham acantos Sobre a cabeça das suas virgens. Esses que dizem que os meus versos empana Voss’alma de crystal, Virgem Parahybana; - Virgens que eu corôo de rosas e de versos! Esses que vêem, em chamas sempre acesas, No vosso altar de Vesta o meu culto pagão, Certo já vos levaram ao ouvido Que há nos meus versos outro sentido Que não seja o de tapizar-vos o chão Que pisardes, de rosas, como se fôreis princesas... Ora! Mas esses são criaturas Tão abjetas como aqueles insetos Que levam o veneno das pestes Ao cálice das rosas puras... João da Retreta – s. o.

Carnaval de Esperança - Parte II

Dando continuidade à temática sobre o “Carnaval”, hoje iremos contar algumas histórias e fatos pitorescos desta festa em nossa cidade. Comecemos pela “Última Hora”. A Escola de Samba surgiu na véspera do carnaval de 1967, até onde sabemos, composto por alguns ex-integrantes da Pioneiros do Samba, como Marré, ex-goleiro do América, Manuel Freire da Rocha, Chiclete, Jaime Pedão, Djalma de Máfia e Marconi. Com a ajuda do sanfoneiro Manuel Tambor conseguiram alguns instrumentos para sair às ruas. No segundo ano, foram ensaiar na casa de seu Pedro Lourenço. O nome da agremiação, segundo Janilson Andrade, veio porque seu Pedro era muito descansado, então alguém sugeriu “Última Hora”, que foi aceito de imediato. A presidência coube a seu Luziete de Arruda Câmara, que organizou e deu vida à escola. Em 1973 com mais de 30 componentes ganhou o 1º lugar no desfile em Campina Grande. Os anos 60 ficaram marcados pelo “Corso”, que era o passeio de carros ornamentados pelas ruas principais da cida

Carnaval de Esperança - Parte I

O carnaval de Esperança sempre foi comemorado com grande galhardia. O primeiro bloco foi fundado em 1927, por seu Tochico. Denominado de “Bom porque pode”, possuía 35 componentes, a maioria operários da indústria sapateira. A fantasia era confeccionada nas cores preto, amarelo, roxa, branco e verde. Dessa época, lembramos os seguintes componentes: Mafia, Bida, Zé Bilingue, Manoel de Gonçalo, Novo, Piaba, Arara, Basto Boleiro, Lita, Manoel Filipe e João Marcolino. A orquestra que animava os foliões era tocada por Bicina, Basto de Tino, Zé Boneco, Bibi e outros. Em 1932, surgiu o “Coronel nas Ondas”, organizado pelo professor Luiz Gil de Figueiredo. Era o bloco de elite esperancense, do qual participavam figuras importantes como: Silvino Olavo, Hígidio Lima, Sandoval Santiago, Sebastião Luna, José Chocolate, Fausto Basto, Antônio Florentino, Theotônio Costa, Manuel Rodrigues e Teotônio Rocha. Depois vieram o Bloco das Flores, os Pescadores e os Pioneiros do Samba. Antigamente os b

O legado de Zazá Bezerra

Recebi o livro “Zazá – um homem ou um mito?”, de autoria do Bispo Bruno Rocha, seu filho. A portadora – Ir. Robéria – me trouxe o exemplar autografado, com uma anotação na dedicatória: “para manter viva a história de Esperança” (essa é uma grande responsabilidade, devo dizer). A leitura me foi agradável, tanto que em poucos minutos havia acabado e, em pleno êxtase, comece a escrever essas poucas linhas... Lembro-me de Bruno, de sua amizade com meu primo Darlan, de Dona Aderita, sua avó; do Grupo Irineu Jóffily, da casa de Vô Dogival. Quantas lembranças!... Conheci Zazá, honesto e íntegro. No meu ofício quando parava no Sítio Timbaúba para me informar de algum vizinho, desse ou daquele sitiante, respondia sem titubear, mostrando seu caráter firme e determinado que nós tanto admirávamos. Não o considero uma pessoa “ignorante”. A ignorância é um mal daqueles que não tem ciência. Zazá era um homem culto, conhecedor do seu mister; podia extrair da terra o melhor, de cada plantação