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Mostrando postagens de julho, 2015

Domingueira anos 80

A domingueira dos anos 80 começava bem cedo. Quem trabalhava, e naquele tempo se permitia menor trabalhar, juntava um dinheirinho para gastar no final de semana.  No meu tempo, ou nas minhas condições, fazia sucesso a "bicicross", mas só podíamos locar uma bicicleta barra circular sem paralamas no aluguel de Zé Antonio, na calçada do supermercado Boa Esperança.  Cada bicicleta tinha uma numeração que o proprietário anotava na sua caderneta com o horário da devolução. Era uma fila de "magrelas" a maioria na cor vermelha. Tinha também o aluguel de Edinho, em menor escala.  A garotada circulava de bike pela cidade, que se resumia a seis ou sete ruas principais. De quando em vez, alguém soltava as mãos do guidão e pedalava em malabarismo para o delírio da molecada. No percurso, era comum parar na Sorveteria Progresso, de Dona Irene, pra comprava o picolé direto da fábrica. Depois das pedaladas, seguia-se um lanche, que podia ser um doce de leite com água no bar

A feira de Esperança

A feira de Esperança sempre representou um marco do nosso comércio. Pessoas advindas de várias cidades da nossa região acorrem à feira livre para se abastecer de alimentos, roupas, calçados e outros produtos citemos: Areial, Montadas, Lagoa de Roça, Remígio, Algodão de Jandaíra e diversas localidades rurais. A cidade se desenvolveu a base do comércio, desde há muito promissor. Segundo Irineo Joffily, Esperança por sua feliz situação foi escolhida para o estabelecimento de uma feira de gêneros alimentícios, que foi a sua origem, nos idos de 1860, e que na época era “bastante frequentada”. (Notas: 1892, p. 208). No livro “A Paraíba”, publicado em 1909, encontramos a seguinte citação: “Existem, além da feira da Vila (Alagoa Nova), as de Esperança, S. Sebastião e Matinhas. A feira de Esperança – segundo aquela publicação – era quase igual a da sua vila, no seu movimento mercantil, apesar de ter menor número de casas comerciais.” O povoado foi se agrupando em torno daquele comércio p

Navegar é inevitável (poema de Rau Ferreira)

Como um símbolo de boa sorte Ela jogou flores ao mar!... A areia, o vento e o mar Completavam aquele cenário, Com as luzes que vinham de toda parte; E as ondas no vai-vem danado - Que a todos eles encantava – Brilhava com o sol de marte Quebrado, poente e avermelhado. Como símbolo de boa sorte A canoa entrou no mar!... Um corpo, a canoa e o mar; Um velho marinheiro a navegar - em sua última jornada – De mãos postas ao céu desejar Que a maré cheia ao levantar Levasse também seus pecados Para o mais profundo do mar. Banabuyé, 22 de julho de 2015. Rau Ferreira

Creche Santo Antônio, por João Batista Bastos

Foto do Interior da Creche Santo Antonio de Esperança - 1985 A Creche Santo Antonio funda por Dona Emilia Rodrigues, esposa de Eliziario Costa, foi a primeira instituição oficial de assistência a crianças pobres de Esperança, fundada na década de 70, sob os auspícios da LBA(Legião Brasileira de Assistência), hoje, extinta pelo governo federal. Dona Emilia construiu aquele prédio da antiga Creche com esforços incomuns, escrevendo para os órgãos federais competentes, socorrendo-se, também, de ajuda da Prefeitura Municipal. A Creche Santo Antonio foi a primeira a existir em Esperança, situada na rua Joaquim Virgulino da Silva, antiga rua do cemitério. Como vemos na foto acima, um dos momentos de acolhimento de crianças, numa festinha de aniversário. Hoje, todas as crianças existentes na foto são adultos, muitos residindo fora de Esperança, pais de família e profissionais nas diversas áreas de atuação. Na foto, avistamos a assistente social Lourdinha Bastos, fazendo o seu

A Radiodifusão em Esperança

Ernane Santos - Anos 60 Esperança por sua origem mercantilista sempre foi um município comunicativo. Os caixeiros viajantes se valiam da fala para apresentarem seus produtos e garantirem as suas vendas. Não obstante, os cordelistas também se utilizavam desta prática, a exemplo de João Benedito, Toinho e Dedé da Mulatinha. Pois bem. Nesse universo da comunicação, a radiodifusão também marcou época em nossa cidade nas vozes de Ernani Santos, Pedro Barbosa (Pedoca),  Ana (Ana da Rádio), José Gerônimo dos Santos (Gera); e nos serviços de som da Casa Paroquial, com seu Pedro Florentino de Souza (Pedro Sacristão), do Colégio Estadual nos anos 80, com o grêmio estudantil e, eventualmente, nos finais de ano, com a difusora do Parque Maia, que dispunha de um postal sonoro. Mas vamos falar de seu Ernani, que foi um dos precursores deste serviço em nosso Município. Em 1952, Esperança ainda se resumia a poucas ruas, onde foi instalado o “Serviço de Alto Falante Voz Livre de Esperanç

Festa de N. S. do Carmo (2015)

Doações à Biblioteca SOL

Evaldo Brasil nos preparativos para a doação O Forum Independente de Cultura de Esperança - FIC/Esperança, deliberou nesta quarta (08/07) destinar o seu acervo à Biblioteca e Centro Cultural "Dr. Silvino Olavo". Nessa decisão foi considerada a atividade-fim da sua biblioteca itinerante que será melhor alcançada através da co-irmã municipal que ainda resiste em ser um espaço de poetas, historiadores, intelectuais, estudantes e pesquisadores. A entrega oficial acontecerá às 15 horas através do companheiro Evaldo Brasil ​ . Agradecemos as doações que nos foram dirigidas, e todas as pessoas que se mostraram sensíveis com esse projeto. O incentivo à leitura é algo crucial para a formação humana, e deve ser promovido não obstante vivenciarmos a era digital. Informamos ainda que o Sarau que era produzido pelo FIC/Esperança está sendo reformulado, buscando novas parcerias para acontecer em breve, considerando as necessidades do evento, convites e outras contingências.

Pisos mosaicos de Esperança

Alguns mosaicos ainda existentes em Esperança Quando visitei o Museu de Arte Sacra em Areia, no começo de 2012, observei naquela casa de memória algumas reproduções de pedras de mosaicos bem antigos. As peças são expostas com orgulho em material gráfico. Para mim não era nenhuma novidade. Aquilo que se exibia em Areia era visto com freqüências em algumas casas aqui em Esperança. Quando residi na rua Grande e meu avô materno trocou o antigo piso de cimento queimado por mosaicos, foram colocadas pedras ainda frescas, advindas da fábrica de seu Edmilson Nicolau, localizada na rua do Sertão que produzia, além dos ladrilhos hidráulicos, tijolos, colunas e trilhos. O mestre era Zezito do Mosaico. Na ausência de um museu em Esperança, onde estes pudessem ser expostos em pedra-viva, apresento alguns que foram fotografados na Biblioteca “Dr. Silvino Olavo”, na Associação das Amigas do Lar e em outras residências que ainda mantém íntegro os seus pisos mosaicos. Rau Ferreira

Livro do Município de Esperança (1985)

(*) Por Evaldo Brasil 1985. Esperança completaria 60 anos naquele ano, como neste faz noventa. Uma equipe de pesquisadores estava na Biblioteca Municipal, numa das vezes que funcionou onde hoje está. Ou era apenas a Secretaria de Educação, não lembro bem. Eu e meus companheiros de Jornal Novo Tempo também estávamos por lá e, como todo pesquisador que se preze, aprende a ouvir e nos ouviram.   Então, a gente pode dar uma modesta contribuição para o primeiro livro sobre o município de Esperança. Sobre os jornais, autores e teatro na história e naquele momento na cidade.   30 anos depois, está em gestação "Banaboé Cariá, Recortes da Historiografia de Esperança", reunião atualizada das postagens de Rau Ferreira em seu blog de serviço História Esperancense. Como todo bom pesquisador, o autor da biografia Silvino Olavo (2010) nos ouviu e aceitou nossa contribuição.   Revisamos, sugerimos, interferimos e contribuímos com parte daquilo que nos afeta, no sentido de que no

Olha, o "óia" (poema de Hauane Maria/ Rau Ferreira)

Ói, óia... Chegou a primavéra... O sol baten’o na serra As ave a cantá... Ói, óia... A beleza dessa terra Que belezura encerra... C’um opratiado da lua, o luá! Porque é primavéra As aves todas vêm dançá, As rosadesbrochá e O arco-íris a briá! Ói, óia! Lá vem a prima, Vamosprimaveriar!... Hauane Maria/ Rau Ferreira