Pular para o conteúdo principal

Postagens

Mostrando postagens de maio, 2015

Falar de Luiz é falar de Esperança

Foto oficial do evento com o homenageado Luiz Martins Não é necessário fazer aqui uma digressão de toda a sua história, os oradores que me precederam já o fizeram brilhantemente, acredito que a homenagem é justa e oportuna, pois coroa de êxito a sua vida. Embora seja suspeito para tratar do tema, pois trabalho com a sua filha Lúcia Martins, que se encontra presente, e que nas suas atribuições de Analista Judiciário chefia a 2ª Vara desta Comarca de Esperança, gostaria de tecer alguns comentários. Luiz sempre se manteve coerente na sua ideologia política, defendendo a bandeira do serviço público e atendendo as necessidades do povo que tanto ama. Até hoje quem não lembra o seu lema poético: “Do verde a Esperança do povo a confiança”? Nascido em Pocinhos, chegou em nossa cidade em 1948, para exercer a função de Guarda Fiscal Estadual. Nesta sociedade fez amizades com homens influentes, a exemplo de Arlindo Delgado, Dogival Costa, Zé Ramalho e tantos outros. Filiado ao partido d

América (Mequinha) x Central/PE

Era uma tarde de 22 de dezembro de 1958. O América de Esperança, aceitando o convite do Central de Caruaru, comparecia ao Estádio Pedro Victor pela segunda vez, para um amistoso interestadual. Contudo, as equipes não apresentaram um bom futebol, não passando de um empate sem abertura de placar. A partida se desenvolveu pelas alas, com algumas bolas de sobra dos arqueiros. Manuelzinho – guardião do arco do América – recebeu poucas bolas, e mesmo deixando escapar a pelota de suas mãos, ninguém se apresentava para finalizar. No segundo tempo, o ataque americano demonstrou mais eficiência, dando trabalho para o goleiro do Central, conhecido por “Coveiro”. O contra-ataque ficou a cargo de Cebinha, que surpreendeu Manuelzinho com um chute inesperado, obrigando-o a levar a pelota para escanteio. A imprensa pernambucana destacou a atuação americana, lembrando a última disputa entre as equipes: “Tivessem o centralinos procurado com mais insistência o arco adversário, poderiam ter ving

Capuco, ex-jogador e técnico do Mequinha

José da Silva Santos - Capuco José da Silva Santos (Capuco) nasceu em Canavieiras/BA, em 18 de agosto de 1923. Esse profissional da pelota jogou nas seguintes equipes: Vitória/BA; América, Santa Cruz, Ibis e selecionado Pernambucano; Fortaleza/CE; Sampaio Correia e seleção maranhense; Tuna Luso Comercial/SP, e América de Rio Preto/SP, e ficou conhecido por seus excelente recursos, sendo capaz de jogar em qualquer posição. Viajou algumas vezes para o Sul do país, onde fez testes para ingressar no América (1943), Bonsucesso e Vasco da Gama (1951); e também no Juventus/SP (1943). O meio-campista era sempre escalado para a seleção pernambucana, quando solicitada a sua participação em algum amistoso, passando a atuar como técnico após o afastamento dos gramados. De passagem por Esperança, vestiu as cores do “Mequinha” em 1953, e dirigiu a equipe de futebol local realizando 32 partidas, com 20 vitórias 6 empates e oito derrotas (1957). Em agosto de ’59 retornava à Paraíba, onde ir

Riacho Amarelo

O Riacho Amarelo é um importante reservatório hidrográfico do Município de Esperança, sua profundidade média é de 5,0 metros. Embora esteja sediado em uma propriedade particular, representa substancial fonte de água. Sua localização georeferencial é 070320,5 S e 355203,6 W. O terreno pedregoso que existe em volta desta bacia propicia o acúmulo da precipitação pluvial. Em tempos de seca, como os vividos ultimamente no agreste paraibano, a população tende a aproveitar ao máximo as águas desta nascente. As suas águas têm alto grau de salinidade (salobra), e por tal razão tem se prestado para os mais diversos usos por não ser potável. Alguns usam para o serviço geral da casa (gasto) e serve até para matar a sede dos animais. No inverno a sua cheia deságua com destino à Alagoa Nova, passando pela zona rural deste município em direção ao Camucá, Caldeirão e Riacho do Boi. Em épocas remotas, a propriedade pertencia ao Capitão Bento Olímpio Torres. Hoje a necessidade mais prement

1953: Flagelados invadem Esperança

1953: Flagelados invadem Esperança. Temerário, o comércio fecha as portas. No sábado seguinte, muitos feirantes recolhem logo cedo as suas bancas enquanto que lojistas dispõe alguns itens em balaios previamente colocados nas calçadas de seus estabelecimentos para serem levados pelos retirantes. O governador José Américo sendo informado pelo prefeito esperancense adotou algumas providências em socorro dos famintos. O próprio gestor municipal contratou 180 homens para a limpeza de rodovias, muitos deles foram admitidos para trabalharem na estrada de Lagoa de Pedra e desobstrução do açude do Umbú. Rau Ferreira  

Cysnes, 91 Anos depois...

Há 91 anos a Empresa Brasil Editora reunia em um volume de 170 páginas a obra poética de Silvino Olavo denominada de “Cysnes”. O livro foi muito bem recepcionado na capital republicana (Rio de Janeiro), com menção nos principais jornais da cidade. As críticas davam conta da forma cuidadosa e original das estrofes que se liam com prazer; e de seu autor que apesar da tenra idade demonstrava forte inclinação pelas letras e de quem se podiam esperar relevantes serviços. Rau Ferreira

1947: Perseguição pesedista

Esperança sempre valorizou os fatos políticos, fazendo muitas vezes desses acontecimentos o foco principal. Nas praças e nas ruas desta urbe, em tempos de eleição, não se fala em outra coisa. Em 1947 a cidade vivia dias de perseguição política. Nomeado interventor municipal, o novo delegado (em substituição ao Tenente Napoleão) passou a perseguir os pessedistas. Assim os correligionários do PSD eram chamados à delegacia como forma de coação e sofriam as mais diversas formas de intimidação. Fora determinado o “toque de recolher” após as 23 horas, o que era sinalizado pelo toque da Matriz. Após esse horário, era proibido inclusive o trânsito na cidade. Vítima de truculência e arbitrariedade, Francisco (Chico) Souto foi ameaçado de prisão pelo simples fato de ter censurado as atitudes arbitrárias e truculentas do delegado. O próprio prefeito chegou ao ponto de constranger os seus adversários ameaçando de sacar de uma arma em praça pública. Três outros comerciantes sofreram as mesm

A Rodovia Esperança nos anos 20

Não é à toa que a rua Solon de Lucena se chama “rua do Sertão”. Era o caminho para essa região, servindo ainda de estrada para Campina Grande. É que não existia nos anos 20 a rodovia Esperança-Lagoa de Roça. Esse caminho além de sinuoso era cortado por alguns afluentes do Mamanguape. Os antigos lembram que no inverno um veículo ia até Riacho Amarelo, enquanto outro aguardava na outra margem para conduzir os passageiros. Assim era preferível o caminho de Pocinhos, mas os munícipes tinham que enfrentar uma viagem de cerca de 60 Km até o seu destino. Apenas em 1927, com a construção da nova rodovia que ligava Alagoa Nova à Campina é que Esperança veio se beneficiar com um caminho mais curto (36 km). A rodovia apresentava uma bitola de 5 metros com rampa máxima de 6%. Rau Ferreira