Pedro Pichaco decidiu ir para Feira de
Santana/BA, e nesta cidade se apresentou com o jogo das bolas. Basicamente, um
saco de tecido escuro e no fundo duas bolas, uma branca e outra preta. O
desavisado apostava em uma cor e caso fosse retirada outra perdia o dinheiro. O
fato é que Pedro havia marcado a bola preta e no tato descobria rapidamente
qual deveria retirar e mostrar ao jogador.
Apostando na preta, saia branca e vice-versa.
Um grupo de alunos percebendo a farsa distrai o mandrião e troca a bola preta
restando assim duas brancas no fundo do saco. E segue-se a parada. A turma de
estudantes resolve arriscar a mesada na preta, para infelicidade de Pedro que
procura em vão a bola selecionada; depois lá pelas tantas, mudam para branca em
tom de brincadeira, deixando o malandro de calças-curtas.
A essa altura a soma era considerável e Pedro
não tinha como cobrir aquele jogo. Suando frio, o negro remexe o saco com
agilidade, mas nada de encontrar a esfera preta para apresentar aos jovens.
Finalmente, puxa do saco a bola - que obviamente era branca - e diz: está
valendo a que ficar no bisaco! Ora, os garotos não podiam confessar que só
havia bolas brancas e foram obrigados a reconhecer a esperteza do mandrião.
Rau Ferreira
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