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Histórias de Ovnis (Parte II)


Por Júlio César (*)

Ufologia: O caso da mangueira na BR-104

Em 1986, uma estranha onda de observação de discos voadores varreu o Brasil de norte a sul ao ponto de oficialmente a Força Aérea Brasileira admitir em coletiva nacional de impressa que perseguiu 21 ovnis. A Paraíba não ficou de fora e muitas histórias sobre avistamentos começaram a aparecer, porém, pouco foi documentado do ponto de observação fotográfica.
Nessa época, lembro-me do caso da “mangueira queimada”, novamente parto do conceito que não sei de sua veracidade, apenas ouvia as pessoas citarem que um agricultor pedalava em direção a cidade de Remígio, distante talvez uns 10 km de Esperança, na madrugada. Seu objetivo era ir dormir na casa de parentes, mas, num trecho antes da Polícia Rodoviária, avistou um brilho estranho que parecia vir por trás de um galpão de estocagem de batata inglesa. Mesmo achando estranho prosseguiu seu trajeto.
Ao chegar ao lado do local, se deparou uma “cuia emborcada” acessa sobre os galhos de uma mangueira. O susto foi tão grande que o agricultor teria caído no acostamento da estrada. No chão, percebeu que o brilho da “cuia luminosa” oscilava como quem queria apagar e nunca apagava.
Amedrontado ele se escondeu no mato e ficou vendo o “bicho” subir lentamente e apagar de vez. Sem entender do que se tratava e sem conseguir uma explicação o mesmo teria procurado amigos e a policia para falar do caso. Embora não tivessem feito nenhum boletim de ocorrência sobre o assunto, pessoas falavam que a polícia teria apenas ido averiguar e constatou que havia folhas murchas na copa da mangueira poderiam ter sido provocadas pelo sol quente.
O assunto foi deixado de lado pelas autoridades, porém, o agricultor sempre narrava o que tinha visto sem botar nem por uma única linha. O fato atiçou a curiosidade das pessoas, eu mesmo, na época fui um dos que foram ver a tal “mangueira queimada” e realmente, passado alguns dias do caso, havia uma mangueira próxima a um galpão que tinha sua copa com as folhas completamente secas enquanto o restante permanecia verde.
Depois vieram com uma história que aquilo se tratava da praga “vassoura de bruxa”, mas, estranhamente, mesmo passados alguns meses do fato, a mangueira continuava com sua copa sem nascer uma única folha. O que levava pessoas a sempre ir lá ver o fenômeno.
Irritado com o caso e os curiosos em sua propriedade, o dono do sitio mandou cortar a árvore. Foi somente assim que as pessoas deixaram de visitar a estranha “mangueira queimada” e a história acabou deixada de lado.   

Por Júlio César (*)

(*) Cartunista e pesquisador, atualmente desenvolve um projeto que finalizará em 2014 com a publicação de um livro sobre o futebol paraibano.





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