A
liberdade do Homem-nu
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I
Ainda circula entre nós
De narinas empinadas
O pioneiro Homem-nu
De aventuras afamadas.
Teria sido, mas já não é,
Uma criatura só, sem fé,
Ou se afigurava do nada?
II
Teria sido uma doença ou
Uma aposta entre amigos?
Ou mesmo falta de crença
Que alimentou tal perigo?
Seria a ausência dos seus?
Algo sem perdão de Deus?
Lobisomem ou papa-figo?
III
Teria sido uma sodomia
Ou somente vadiagem?
O fruto da esquizofrenia
Ou apenas molecagem?
Por não segurar impulso
Por se meter no incurso
Em rumo de libertinagem?
IV
Teve quem visse e corresse
Temendo um ataque voraz
Teve quem visse e calasse
Ante a ameaça do rapaz.
Mas eis que a luz acendeu
A cidade inteira aprendeu
Todos ficariam em paz.
V
Nos
tempos de falta de luz
Nunca
faltava imaginação
As
estórias de Trancoso
E
aquelas de assombração
Circulavam
em sítios e ruas
Como
se fossem ninfas nuas
Entre
o lúdico e a perversão.
VI
Por
diversos tipos e tempos
Assim
se renova essa estória,
Como
por alumbramento,
Sem
deixar fama ou glória,
Inspiração,
medo secreto,
Desejo
sombrio, concreto,
Nem
certezas na memória.
VII
Vai-se
enterrar numa cova
O
que não virou prisão?
Ou
já se dá por remido
Diante
da programação?
O
mito morre, superado,
Pouco
ou nada é falado.
São
tempos de televisão.
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• Extra •
Está aí,
contada uma estória,
Baseada em
alguns fatos reais
Resgatados
no fio da memória
Apelando
que não mora jamais.
Se alguém
conhecer outro fato
Isso pode
gerar um novo relato
Ler e rir
são melhor, quanto mais.
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Evaldo Pedro Brasil da Costa
(21
de Dezembro de 2007)
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