Bicho-de-pé,
dá na gente.
É um
tipo inconveniente
Feito
político amanuense
Menino
buchudo, carente.
Bicho-de-pé
vem de repente
Você
nem quase sente
Quando
óia tá discrente
Pelanca
o dedo da frente.
Bicho-de-pé
é somente
Digo
assim timidamente
Que é
impiamente
Surge
assim subitamente.
Bicho-de-pé,
minha gente,
É como
comer sem dente
Careca
passar o pente
Cego,
encontrar batente.
Bicho-de-pé
é diferente
Queima
o seu ardente
Lateja
inté a mente
O suor
é frio e quente.
Bicho-de-pé
é reluzente
É coisa
inteligente!
Pru
mais que você assente
Ele se
mostra indecente.
Bicho-de-pé
é beneficente
Deixa
descalço a gente
Até o
mais fino presidente
Pois
quer viver aparente.
Bicho-de-pé
é abstinente
Não
toca em aguardente
Por
assim adjacente
E quer
que o alimente.
Bicho-de-pé
é repetente
Seu
viver é arduamente
Dói
assiduamente
Inda
quer que lhe agüente.
Bicho-de-pé
é bivalente
É
cunhado-parente
É o
liseu premente
Do
pobre unicamente.
Quem
tem um Bicho-de-pé
Trate-o
como quiser
O meu
se chama Cazé
Meu
querido Bicho-de-pé.
Rau Ferreira
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