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Mostrando postagens de fevereiro, 2015

Theotônio Cerqueira Rocha, por João de Patrício

Theotônio Cerqueira Rocha Teotonio Cerqueira da Rocha não era esperancense, filho de Rio Grande do Norte. Seus pais, riograndenses do norte, eram Auxenio Josaphat da Rocha e Dona vulpiana coelho Cerqueira Rocha. Particpou intensamente da vida social de esperança, presenciando os fatos mais importantes do nosso municipio. Nasceu no ano de 1887, quando esperança ainda não existia como municipio independente. No dia 29 de novembro de 1929, quando contava 42 anos de idade, assumiu a promotoria adjunta deste municipio, época em que Esperança ainda nao era comarca, era Termo da Comarca de Areia e pertencia ao muncipio de Alagoa Nova. Aquele ato de posse e compromisso do cargo que estava assumindo, aconteceu na residencia do Dr. Orlando de Castro Pereira Tejo, Juiz Municipal deste Termo (Comarca de Areia), cujo cargo teve a nomeação do então Presidente do Estado da Paraiba, Dr. João Pessoa Cavalcante de Albuquerque, por Decreto de nº 1.608,  de 18 de novembro do ano de 1.929, como se v

Carnaval 2015.2: Concurso Oficial de Ala-ursas*, por Evaldo Brasil

A oitava edição do concurso oficial de Ala-ursas, Edição 2015, realizado pela parceria entre a Associação Afro-cultural Quero Mais/AAQM e a Prefeitura Municipal/PME ocorreu mais uma vez na Praça da Cultura, na tarde da segunda, 16, sob o comando do mestre brincante Marquinho Pintor Vitorino. A proposta inicial era voltar à Comunidade São Francisco, como prévia carnavalesca. O evento se repetia assim, vez que as negociações entre as partes não chegaram a bom termo antes do anúncio e realização da 4ª edição do concurso promovido por Marriete Delon e equipe no mesmo dia e horário, nos informa Marquinho. A Praça da Cultura então recebeu Ala-ursas que só apareceriam para a comunidade naquele dia. Guardadas a sete chaves, elas acabam sendo apenas para o concurso, ficando a comunidade sem vê-las antes e durante o Carnaval. AUSÊNCIAS E PARTICIPAÇÕES Ala-ursas dos mestres brincantes Marcelo Marré de Lima e Adalberto Zil Cavalcante, que atuam entre Britador e General Osório não particip

Rotary Clube de Esperança

O Rotary Clube de Esperança pertence ao Distrito 4.500 e foi fundado no dia 1º de dezembro de 1977, tendo o Dr. Severino [Nino] Ramos Pereira assumido a presidência da entidade nesse ano. A mesa diretora ainda era composta pelos rotarianos: João Belarmino Ferreira (Secretário) e Eudes da Silva Brandão (Tesoureiro), reunindo-se os seus membros no antigo Clube Campestre todas as terças-feiras, por volta das 20 horas. O Dr. João de Deus Melo, juiz esperancense aposentado, participou do evento inaugural e assumiu a direção da entidade por duas vezes bem como o cargo de secretário. O Rotary de Esperança foi admitido no R.I. em 27 de abril de 1978 e desde então tem relevantes serviços prestados à comunidade esperancense, como campanhas de agasalhos etc. além de manter uma escola pública no bairro do Britador. Rau Ferreira Fonte: - Livro do Município de Esperança. Esperança/PB. Unigraf: 1985 p. 88/89; - Boletim Mensal. Presidente João de Deus Melo. Esperança/PB. Ano rotário 19

A revolta das galinhas contra o carneiro ladrão

(Pra que a vida se respeite e erro maior seja evitado) (Esse caso foi publicado em 1995, na 23ª edição do jornal Novo Tempo, especial comemorativo dos 70 anos de emancipação política de Esperança/PB, a partir de relato e fotografia de Silvestre Batista, uma das vítimas revoltadas do tio Antonio Cândido. A despeito do mal-estar, os proprietários das galinhas puderam dar o troco e comer uma boa buchada.) _______________________________________________________________________ I Lá pelos anos 40 De uma segurança relativa Um episódio marcante Por duas perspectivas: De um lado tinha galinha Do outro, carneiro tinha, Envolvendo comitivas. II Uma leva de amigos Era sempre convidada Pra comer uma penosa Cozida, frita ou guisada. Só que havia gatunagem Isso nunca foi miragem Metida na empreitada. III Mas a dona do carneiro Não criava ave alguma Como era que o parceiro Galinhada assim propunha? Gerando a desconfiança Da pequenina

Anselmo Costa

O Pod.: Ir.: Anselmo Costa é filho do ilustre desportista José Ramalho da Costa e d. Maria da Guia Costa. Casado com a Sra. Meire Lúcia de Faria Costa, tem três filhos (Rodolfo, Renê e Rainer) e dois netos gêmeos (Guilherme e Gustavo). Nasceu em Esperança no dia 08 de Fevereiro de 1950 e se dedicou ao ramo de Clínica Odontológica em Brasília/DF, onde reside desde 1976. Na maçonaria, teve sua iniciação junto a ARLS Mutirão Nº 11 – GLMDF - em 13 de dezembro de 1986, sendo elevado em 9 de outubro do ano seguinte e exaltado em 17 de junho de 1988. Sua instalação ocorreu em 19 de maio de 2000, tendo exercido o cargo de V.'. M.'. daquela oficina por duas vezes, no período de 2000/2001 e 2009/2011. É membro do S.C.G.33 do R.E.A.A. DA M.R.F.B,.desde 1993, e da Academia Paraibana de Letras Maçônicas, tendo atuado como Juiz do Conselho de Justiça do GLMDF (2002/2005) Idealizou e fundou o Capítulo Mutirão Social Nº 775 da Ordem DeMolay.Or.'. do Guará-DF e Associação Brasil

Severino Medeiros

Severino Medeiros é natural de Esperança, filho de Dona Olegária e irmão de Dedé do Terraço de Som.  Cantor, compositor, arranjador, produtor e exímio sanfoneiro despertou ainda jovem para o sucesso musical. Iniciou sua carreira tocando em bailes nos arredores desta cidade e ganhando notoriedade em toda a Paraíba. Radicado em Campina Grande, onde desenvolve a maior parte do seu trabalho, cultiva o forró de raiz no seu estilo mais autêntico. O sanfoneiro já se apresentou com diversos artistas de renome e produziu alguns álbuns para outros artistas, a exemplo de Zé Calixto, Biliu de Campina, Capilé e Geovane Júnior. Compositor de mão cheia é presença obrigatória na festa do Maior São João do Mundo. São de sua autoria as composições: “ De enrolar os dedos ”, “ Camucá” e “ Dengoso” , em parceria com Zé Calixto; “ Nordeste meu torrão” e “ Rodapé” , solo. Tendo influenciado ainda as novas gerações como a cantora Verônica Ryos. Seu filho Adilson Medeiros, segue a mesma trajetória

Pedro Pichaco (Conto I)

Conto I Pedro Pichaco ou Pedro Santos, como queiram, foi um folclórico esperancense cujos causos ainda povoam o imaginário local. Há referências ao velho malandro descritas por José Neummane Pinto ( Erundina: a mulher que veio com a chuva . Ed. Espaço e tempo: 1989) e Getrão (http://causosdogetrao.wordpress.com). Mas o conto que ora nos reportamos foi enviado por um ilustre anônimo que o assina sob o pseudônimo de Índio Banabuyé, o que é bem sugestivo. Assim escreve o assíduo leitor do nosso blog: “ BANCANDO BICHO COM O COPO DE VIDRO Estava Pedro Pichaco numa cidade bancando o jogo do. Este jogo, que é bastante conhecido em todo lugar tem uma mesa com cinco bichos [urso, leão, macaco, zebra e veado] onde se jogam os dados e o apostador escolhe o animal pelo número subseqüente. Mas Pedro não conseguia apostador algum e lá pelas tantas decidiu bancar o jogo com um copo de vidro, sempre repetindo: - Só vale o bicho que está no copo! Um cidadão vendo o bicho através do copo

Jerônimo Soares

Jerônimo Soares é filho do cordelista José Soares (o poeta repórter) e de dona Hilda Fernandes Soares. Nasceu em Esperança no dia 24 de maio de 1935 e começou a trabalhar com xilogravura aos 12 anos de idade na sua terra natal. Radicado em Diadema/SP, residindo em Jardim Canhema, tem mais de 58 peças produzidas. Seus trabalhos são continuamente expostos em galerias e museus, a exemplo do MAP e da Pinacoteca de São Bernardo. O artista desenvolveu um estilo próprio a partir de uma agulha especial feita de aço que inventou em 1978. Com esta ferramenta “ costura'' a madeira para dar origem as suas criações que ilustram capas de livros, CDs e folhetos de cordel. Sua notoriedade veio a partir do álbum sobre acidentes de trabalho produzido para a revista Xilon editada na Alemanha. Hoje é possível encontrar suas obras na Suiça, França, Japão, Estados Unidos, Inglaterra, Canadá, Portugal e França. Tradição esta que se perpetua na família, o irmão Marcelo, o filho Anderson (Nino)

Fazenda Bela Vista

Alvo de disputas por terras no passado, a Fazenda Bela vista guarda muitas historias. Ali morou durante 18 anos o poeta e intelectual esperancense Silvino Olavo da Costa. A casa sede da propriedade está localizada no final da rua Barão do Rio Branco, no bairro da Beleza dos Campos, e tem uma posição privilegiada. Próximo a “ladeira do moco”, num dos pontos altos da cidade, a residência construída em 1937 já sofreu algumas reformas, que alterou sua estrutura original.  Antigamente podia ser visto ali um relógio de pêndulo, datado de 1910, e alguns utensílios bem antigos. Ao lado daquela morada existe um pé de jucá com mais de 100 anos, e que provavelmente tenha inspirado o poeta que passou a morar ali a partir de 1952. Na década de 80/90 pertenceu a um cidadão conhecido por Manuel Salvador, tendo sido invadida por trabalhadores rurais que disputavam a posse da terra. A fazenda foi desapropriada pelo INCRA depois de um conturbado processo judicial. Rau Ferreira -        

Esperança: Referências para o ensino

Apresentamos algumas anotações referenciais ao ensino do município de Esperança, em tempos idos: 1.                        Lei Provincial nº 339, de 27 de novembro de 1869 – Criou uma cadeira de instrução primária “ na povoação de Banabuyé do termo de Alagoa Nova ”. Esta era mantida pelo município de Alagoa Nova, tendo a professora Rosa de Mattos Dourado ocupado uma cadeira mista em 1918 2.                        Lei Provincial nº 651, de 04 de outubro de 1877 – Suprimiu “ as seguintes cadeiras do ensino primário: sexo masculino (...) Banabuyé ” (MS: 1878). 3.                        Em 1907, o Município de Alagoa Nova mantinha “ na povoação de Esperança uma cadeira de ensino primário para o sexo masculino, uma outra para o feminino e uma aula noturna” (MS: 1907). E em 1909 , “ mantém quatro escolas primárias em Esperança, S. Sebastião e Matinhas ” (MS: 1909). 4.                        Em 1926, “ Foram criadas as seguintes cadeiras: (...) 1 em Esperança ”, freqüentada por 30

Egídio de Oliveira Lima

Egídio Gomes de Lima Egídio de Oliveira Lima era filho de Francisco Jesuíno de Lima e Rita Etelvina de Oliveira Lima. Nasceu em Esperança no dia 04 de junho de 1904 e faleceu na capital paraibana a 23 de fevereiro de 1965. Poeta popular, jornalista e autodidata destacou-se como folclorista e escritor de cordéis cuja maior parte fazem parte do acervo da Casa de Rui Barbosa, no Rio de Janeiro. Mudou-se para Campina em 1937 e nos anos 60 foi residir em João Pessoa. Escreveu diversos artigos sobre a literatura de cordel para as revistas Arius (Campina Grande) e Manaíra (João Pessoa), das quais foi colaborador e redator. Dirigiu a revista “As fogueiras de São João” (1941) e foi o responsável por colecionar as antigas edições dos folhetos de Leandro Gomes de Barros - festejado autor cordelista paraibano - e de outros autores, cedido posteriormente a Universidade da Paraíba. Na fotografia acima observamos, em primeiro plano, sentados: Inácio Rocha (esquerda) e Egídio L

Poema da Ética, por José Coelho

Aritmética da ética SOMA, meu amigo, as virtudes que tiveres E, delas faças a tua única oração Que eu te garanto que se assim fizeres Tu serás nesta vida, um grande cidadão. DIMINUI, tanto quanto possas em teus misteres Os interesses vis, as faltas e os vícios Que eu te afirmo que se assim fizeres Tu serás um crente na fé de teus ofícios. MULTIPLICA, depois ambos os resultados É oferece de bom grado, aos desgraçados Que serás um justo de elevadíssimo porte. DIVIDE, afinal, para toda a humanidade Todo resto que te sobrar em caridade Que prá Deus serás santo e, para o mundo um forte. Professor José Coêlho Fonte: - O TELSTAR, Jornal. Ano I, N° 2. Esperança/PB: 19 de janeiro de 1963; - ESPERANÇA, Livro do Município de. Ed. Unigraf. Esperança/PB: .

Sol: A morte na infância

Silvino Olavo fora o primogênito de vinte irmãos, dos quais muitos deles tiveram morte prematura. Em Sombra Iluminada (1927) o poeta expressa o sentimento de melancolia que marcou a sua infância e escreve o soneto Dó dedicado à memória de seus fraternos. Escreve que a sua infância assistiu o nascer de vinte irmãos – vinte punhais sem jóias de alfazema cravados n’alma dos meus pais cristãos! – muitos vieram à luz ainda na fazenda Lagoa do Açúde, propriedade do velho Coronel Candido, amparados por alguma parteira e acalentados pelas mãos de dona Josefa. Na época eram muitas as doenças que acometiam os recem-nascidos e não se conhecia tratamento para certas patologias, atribuindo-se o falecimento as febres em geral. A religiosidade de então confortava os pais pois tudo era desígnio dos céus. Assim SOL escreve à morte – álgida luz deste poema e dona de todos os meus sonhos vãos – que levou seus treze pequeninos baixando a sua algema e ungindo as mãos do menino. Quem sabe imagin

Padre Zé: Algumas notas

Em nossas pesquisas sobre o Monsenhor José da  Silva Coutinho, fizemos as seguintes anotações: Sobre a sua dedicação aos pobres: “Nessa opção pelos pobres, a Paraíba teve um êmulo de Ibiapina na figura de Mons. José Coutinho, fundador do Instituto São José. Este mantinha, com as esmolas que padre Zé pedia, o Hospital Padre Zé ea "pensão camarada". O hospital sempre recebeu os doentes recusados por outros congêneres, seja por falta de recursos para pagar as despesas, seja por se tratar de doenças infecto-conta- giosas. Para todos havia sempre um lugarzinho no hospital Padre Zé (...)”. Padre Zé era músico e regente, além de ser professor de “Canto gregoriano e música”. E mostrou-se um dos maiores beneméritos paraibanos, o pai da ação social nesse Estado. Rau Ferreira Fonte: - DESROCHERS, Georgette. HOONAERT, Eduardo. Padre Ibiapina e a Igreja dos pobres . Comisión de Estudios de Historia de la Iglesia en Latinoamérica. Coleção O povo quer viver. Vol. VIII.

Sol: Recitado no Rio

O poeta Silvino Olavo foi uma das grandes expressões do simbolismo no Brasil ao lado de consagradas figuras como Bilac e Alberto de Oliveira. Em um dos registros coletados por Aggripino Grieco em sua obra denominada de “Pérolas”, informa o escritor a presença das poesias do esperancense nas rodas de recitais do Rio de Janeiro. Acrescenta aquele autor que o fato fora publicado no jornal “Diário da Noite”, um importante periódico fundado por Chateaubriand e que servia à crônica literária e artística de seu tempo. A nota data de 1937, quando então haviam sido publicados os principais livros de SOL, a saber: Cysnes e Sombra Iluminada. Eis o trecho em questão: "No recital de quinta-feira, e que só poderá ser um acontecimento, a consagrada poetisa dirá versos de Sebastião de Abreu, Olavo de Campos, Edgard Braga, Jay- me d'Altavilla, Sylvino Olavo, Carlos Rubens, Farias Neves Sobrinho, Cruz Oliveira, Bilac, Hermeto Lima, Prisco de Almeida e Alberto de Oliveira. Alguns dess

Uma TV de Verdade (2011)

Assisti ontem à TV-DVD Lyrio Verde. E percebi de cara que este canal não perde em nada para os tão conhecidos veículos de comunicação. Agora sei porque no lançamento ocorrido sexta-feira (13/05) o público aplaudiu emocionado causando um verdadeiro frenesi. Em sua estréia neste formato inovador – criação de Laércio e Valdy – atraiu todas as atenções para o trabalho de qualidade e profissionalismo da TV. O lançamento foi realmente um sucesso. E a programação excelente! Gostei muito de ver aquele que sempre ouvimos na rádio no horário de meio-dia; o Joseilton Belarmino faz parte do nosso cotidiano, informando e fazendo a crítica dos principais acontecimentos da cidade. O jornalista também demonstrou grande desenvoltura no “ Entrevista Marcada ” e fiquei imaginando – como todo bom telespectador – um dia poder estar naquela telinha. O show man Alexandre Santos com o “ Retalho Cultural ” igualmente nos impressionou ao trazer à cena o popular Zil, figura das mais conhecidas e importan

Vida-morte, poema de Karl Marx Valentim

A vida e a morte andam juntos e quando se separam apenas a saudade, esta amiga indesejável procura nos confortar. Karl Marx Valentim escrevendo sobre o tema “Vida-morte” nos deixa esta reflexão: “Sempre definirmos a vida como a lembrança mais forte. Todavia vivemos num efêmero conflito, vida-morte”. Rau Ferreira VIDA-MORTE A vida é um sonho de cores fortes E a morte? Que escura arte Que destino cruel, que sorte Quem dela escapa, se conforte. Qual o prelúdio de seu prólogo? O círculo enfermo e vicioso de cada dia Ou quando se fantasia de orgias Nos hipnotizando convida-nos logo. Quando é que se infiltra Que o filtro não resiste a pressão E chega a hora letal, sinistra? Deixemos rolar esta relação Do efêmero conflito vida-morte Nesse semi-eldorado, ilusão. Karl Marx Valentin E-mai: 24/07/2010, 21h04mim