Escritor Pedro Anísio |
Pedro
Evangelista dos Santos é o pseudônimo de Pedro Anísio, um ícone da rádio
brasileira e autor de mais de 17 novelas.
Nascido
em Esperança em 03 de abril d 1918, seu primeiro trabalho foi “Destino roubado”
(1942), sendo a obra “Um fantasma de mulher” aquela que lhe rendeu grande fama;
entre outros títulos de sua autoria, destacam-se: “Ciúme” e “Libertação”. Seus
textos eram datilografados e novelista fumava para se inspirar. A ideia surgia a
qualquer hora do dia ou da noite. Chegou a trabalhar como ator, cometendo a
seguinte gafe:
“Eu estava no início de minha carreira quando
tive que trabalhar numa peça de rádio-teatro e responder por miados, porque era
um gato, às perguntas de minha dona. Quando a estrela perguntou: ‘gatinho, você
quer leite?...’ Nervoso, declarei: Quero sim, senhora!...”.
Na
rádio foi locutor de um programa sobre cinema e passou pelas rádios Globo (A
mulher que ri); Cruzeiro do Sul, chegando a receber um cachê de 15 mil réis;
Rádio Nacional, com o programa VITRINE; e na extinta Tupy, produzindo com
Berliet Júnior uma das primeiras novelas daquela emissora com o nome “As
aventuras de Buck Rogers” e que tinha no papel de galã Manoel Barcelos, e como
heroína Vilma Faria. Na Tupy ainda escreveu para o programa “Minha vida pela
música”, estrelado por Vicente Celstino.
Na
Rádio Inconfidência (PRI-3), escreveu em 1954 a novela ESTÁ ESCRITO NO CÉU, que
tinha no elenco: Paulo Severo, Élzio e Seixas Costa, Anete Araújo e Aguinaldo
Rabelo.
Na
Radio Nacional dramatizou “As árvores que marcham”, com temática bíblica
inspirada nos versículo 23 do Cap. VIII de S. Marcos.
Era
muito versátil e dizia não ser supersticioso. Certa vez escreveu um capítulo de
uma novela, enquanto Paulo Gracindo e o resto do elenco estavam interpretando,
passando o script por baixo da porta.
O seu modo de escrever valeu-lhe o seguinte comentário:
“Pedro Anísio – autor de várias
histórias, escreve suas novelas como gosta: a maneira de conta-gotas. Deixa
cair um capítulo de cada vez e, assim mesmo, em cima da hora. Pensa numa
história, conta seu início, mas não sabe como termina e só termina a novela
quando fica farto dos personagens e do que eles fazem” (Revista
do Rádio, N. 305. Edição de 06/08/1955).
Gozava
de francas amizades, como a que tinha com o cantor Francisco Alves. Trabalhou
também como produtor, ajudando muitos atores em inicio de carreira. Para ele,
os maiores novelistas de seu tempo eram: Amaral Gurgel e Raimundo Lopes.
Rau
Ferreira
Referências:
-
SAROLDI, Luiz Carlos. MOREIRA, Sonia Virgínia. Rádio Nacional: O Brasil em
sintonia. Jorge Zahar Editora Ltda. 3ª ed. Rio de Janeiro/RJ: 2005.
-
RÁDIO, Revista do. Ano II, n. 19. Edição de setembro. Rio de Janeiro/RJ: 1949.
-
RÁDIO, Revista do. Ano IiI, n. 56. Edição de outubro. Rio de Janeiro/RJ: 1950.
-
RÁDIO, Revista do. Ns. 99, 31/07/1951 e 231, de 13/02/1954.
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