Sonho em silêncio, à luz da
phantasia,
Para a minha volúpia sem pecado.
Um pagode de esmalte decorado
Com mil caprichos de Japonesia.
Um lago e além do lago um kiosque
armado
Tudo de nácar, polychromia,
Aonde a musa de amor e da
harmonia
Viesse trazer-me o seu sorriso
armado.
Viesse espreitar na transparência
dagua
A sombra azul do cysne da beleza
A silhueta irmã da minha magua!
É a noite com o luar sobre a
paizagem,
Viesse me visitar,
geisha-princeza,
Toda envolta num manto de
plumagem.
Silvino Olavo
Fonte:
- MANHÃ, Folha da. Ano V. N° 1.761. Domingo, 16 de março. São
Paulo/SP: 1930.
- OLAVO, Silvino. Sombra Iluminada. Ex-libris do autor. Rio
de Janeiro/RJ: 1927.
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