Transcrevemos para os
nossos leitores a homilia de Monsenhor Manuel Palmeira da Rocha na celebração
de 30 de março de 1996, na cidade de Pesqueira/PE, disponível no vídeo
hospedado no youtube e divulgado pelo site tudopb.com editado por Braz Araújo.
Sentado em frente ao
altar, o bispo admoesta os fieis sobre o tempo quaresmal e a violência
estampada na TV contra crianças e idosos. Eis a sua exortação:
“Todos nós sabemos que estamos acompanhando o
tempo santo da quaresma, não somente para continuar o costume dos anos que se
passaram, não é somente isto, de maneira alguma, mas é a preocupação maternal
da igreja (....). Ainda no seio materno a mãe ajuda o seu filhinho a se
preparar para a vida e quando ele nasceu é sacramentado este dom vai crescendo,
quando ele toma consciência ele vai cuidado é o que a igreja faz quando celebra
durante o ano tantas vezes este preparação (...). Todos os dias na televisão a
violência de crianças morrendo de fome, mortandade dos inocentes, velhinhos
desprezados, esquecidos e humilhados, sofrendo a crueldade da ingratidão e o
desprezo, muitas vezes dos próprios filhos e alguns dizendo ‘porque não morre,
só pra dar trabalho a gente e dar despesas’ (...). O pessoal que vem de
Esperança, receba o meu agradecimento muito sincero, muito profundo, meu abraço
a todos, dessa vez não deu vos receber lá em casa, motivo de saúde, mas fica
para outra vez, agradeço, é a quinta visita vez este ano, fico muito
agradecido. Quero que celebrar as bênçãos de Deus para vocês e suas famílias e
para o povo de Esperança [palmas].
Não podemos deixar de
registrar, ainda observando as imagens, no final da celebração quando o
Monsenhor Palmeira se dirige a sacristia, o seu trajar de homem santo, de um
missionário religioso que se dedicou a viver pela fé e para a fé; e no
semblante, a alegria de receber os esperancenses naquela data festiva.
A seu respeito, nos dá
testemunho o Padre Zé Coutinho – patriarca da ação social na Parahyba – em
carta de 27 de novembro de 1972, quando seria prestada uma homenagem a
Monsenhor Palmeira na cidade de Esperança:
“Tudo que se fizer por você é muito
pouco, porque você é extraordinariamente caridoso, falemos em termos mais
claros, verdadeiro Santo, que praticou totalmente o Evangelho, passando a vida
inteira fazendo o bem”.
Monsenhor Palmeira
assumiu a nossa paróquia em 25 de março de 1951, permanecendo até julho de
1980. Em 1963, recebeu o título de cidadão esperancense, por seus inúmeros
serviços prestados a nossa comunidade. Foi sem sombra de dúvidas o maior
benfeitor de Esperança.
Rau Ferreira
Referência:
- PARAÍBA, Jornal da. O exemplo de Padre
Zé, texto de Rubens Nóbrega. Domingo, 24 de julho de 2011.
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