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Mostrando postagens de agosto, 2014

SOL: Socialização e Estética do Direito

Em 03 de janeiro de 1925, noticiava A PROVÍNCIA – periódico do Recife – a formatura dos Bacharéis daquele ano. A cerimônia teria lugar no “Automóvel Club do Brasil”, na cidade carioca, tendo como orador da turma o poeta SILVINO OLAVO, que fez sua preleção sob o título SOCIALIZAÇÃO E ESTÉTICA DO DIREITO. Na opinião do jornal, a fala do esperancense demonstrava uma “ perfeita synthese psychologica do momento social e mostrando a necessidade de se reformar o direito sob bases mais humanas e universaes ”. O discurso era inovador. Fazia duras críticas à burguesia das severas normas do direito romano, “ demonstrando o absurdo do Jus Abutendi ” e convidando os seus colegas que haveria de fundir os povos numa mesma vida substantiva e a criar, na utopia da paz universal, preconizando, ainda, a educação do sentimento caótico como condição para do delicado instinto de justiça. Foi paraninfo da turma o Dr. Porto Carreiro, que “ traçou um bello programa de reforma do curso jurídico, term

Homenagem: Basto de Tino e José Coelho

Prof. José Coêlho da Nóbrega O amigo Antônio Ailson Ramalho costuma homenagear em seu perfil da rede Facebook os esperancenses ilustres, mas hoje eu gostaria de lembrar dois poetas do passado: Sebastião Florentino e José Coêlho, a quem faremos uma breve homenagem de sua obra. Sobre Sebastião Florentino - "Basto de Tino" - não temos muito a dizer. Em nossas pesquisas encontramos uma pequena referência no livro “50 Anos de Futebol e etc.”, de Francisco Cláudio de Lima. Segundo o autor, ele fez parte da diretoria do Palestra Futebol Clube, agremiação surgida entre 1935 e 1937, e que teve grandes jogadores como Piaba, Biu Porto, Zé Simão e Negrinho Liberato. E também compôs o seu hino, que por sinal era muito bonito. Segundo depoimento do saudoso Martinho Soares dos Santos, o obelisco construído sob o lagedo do Tanque do Araçá, na Beleza dos Campos e popularmente conhecido como “Capelinha”, possui hino próprio sendo uma composição do músico Sebastião Florentino, “Basto

Sol: Natalício de João Suassuna

Rau Ferreira * E m janeiro de 1928, o governador João Suassuna comemorava mais um natalício. Amigos e correligionários do eminente homem público se dirigiam ao aconchego de sua residência em Praia Formosa e reafirmavam a sua estima ao chefe do Partido Republicano, enquanto que operários da Parahyba partiam de trem para brindar as virtudes da sua administração. Todos quantos foram levar os cumprimentos ao ilustre aniversariante receberam o acolhimento fidalgo de Dona Ritinha Suassuna e outras pessoas da família. A banda da Força Policial executava marchas e dobrados na entrada daquele sodalício, quando chegou ao alpendre o homenageado para agradecer os votos de felicidade, se prolongando por cerca de uma hora em sua fala. Aos convivas foram servidas bebidas e frios, e seguiram-se as danças embaladas pela juventude paraibana. Aquela casa de verão se tornara palco festivo e não poderia faltar a presença de um poeta. Silvino Olavo o tinha como seu “ proem