Silvino foi o grande defensor dos ideais
pessoenses. Combateu em longos discursos o nefasto imposto sobre o comércio que
tanto prejudicou a Parahyba, contextualizando “A questão dos impostos
parahybanos” no jornal A Província, de Pernambuco (junho de 1929).
Como também nos discursos que fez no Teatro Santa
Roza, citado pela imprensa local (A União: 04/09/1929), e nos comícios de Santa
Rita e Barreiras, aclamando as candidaturas de Getúlio Vargas e João Pessoa,
candidatos pela Aliança Liberal à Presidência da República (A União:
15/09/1929).
Na carta do bacharel sertanista, há um trecho
que diz “meu palhaço”. Coincidência
ou não, este é o título da célebre poesia de SOL publicada em seu primeiro
livro (Cysnes: 1924).
Não obstante, a presença do vate nos sarais
literários, em companhia de Anayde Beiris, luzia em sua mente atormentada
conflitos nunca antes imaginados. Não fosse isso, a amizade de João Suassuna,
que por essa época politicamente era inimigo de João Pessoa, colocava Olavo em
situação deveras incômoda, diante dos rompantes emocionais do governante da
Parahyba. É que Silvino dedicara um de seus poemas a Suassuna, e nos veraneios
na Praia Formosa, declamava-o em homenagem ao anfitrião, a quem chamava de “meu proeminente amigo”.
Ainda que não estivesse envolvido diretamente
com os fatos que deram causa aquele momento conturbado da nossa história, não
podemos dizer que fosse do seu inteiro desconhecimento. Com razão, escrevera
“As razões do nego parahybano”, que foram publicadas pela imprensa carioca, e
que podemos dizer, foi a primeira menção que se faz ao NEGO da Parahyba, com
exceção daquele grito que foi proclamado pelo próprio João Pessoa.
Essas são as nossas conclusões, salvo melhor
juízo.
Rau Ferreira
É, originalmente, um ilustrativo e belo texto, meu caro Rau! Parebéns!
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