Este é mais um dos "causos" que o povo conta. Estava Pedro Pichaco numa cidade
bancando “caipira”. Este jogo, que é bastante conhecido, se constitui tem uma
mesa com seis bichos [avestruz, águia, cachorro, borboleta, burro e zebra] onde
se jogam os dados e o apostador escolhe o animal pelo número subseqüente.
Segundo dizem, Pedro armou a banca e
não conseguia apostador algum e lá pelas tantas decidiu bancar o jogo com um
copo de vidro, sempre repetindo:
- Só vale o bicho que está no copo!
Um cidadão vendo o bicho através do
copo apostou 5 contos na zebra, tendo Pedro repetido as condições: “só vale o
animal que está no copo, concorda?”. O homem respondeu afirmativamente e
aguardou. Quando Pedro levantou o copo o homem gritou: ganhei! Mas Pedro
retrucou:
- Você perdeu!
- Como assim? Eu vi o bicho, apostei 5
contos nele e quando você levantou o copo deu a zebra!
- Realmente, sua aposta zebrou! Eu disse
só vale o animal que está no copo... meu amigo, estou com o copo na mão e não
vejo nenhum animal aqui dentro. Só vale o que está no copo!
De fato, a zebra ficara na mesa onde
uma toalha ilustrada com outros animais dava sustentação ao jogo.
Sobre estes fatos, disse-me Vicente
Simão, e confirmou Antonio Torres, que Pedro costumava bancar este tipo de jogo
com copo de vidro, donde concluímos ser possível tal acontecido.
Rau Ferreira
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