Pular para o conteúdo principal

Joaquim Virgolino da Silva

Joaquim Virgolino da Silva
Joaquim Virgolino da Silva foi um importante cidadão esperancense. Comerciante, proprietário de terras, político e suplente de juiz com exercício neste termo judiciário.
Nascido em 1900, assumiu a Prefeitura de Esperança por duas vezes em 1947 (março à novembro) e na gestão 1955/1959, eleito com 1.465 votos.
Com seu irmão Heleno Henriques fundou e administrou a Cooperativa de Batatinha em 1934, que adquiriu sede própria em 1945.
Na condição de juiz deu impulso a diversos procedimentos realizados no Forum “Dr. Samuel Duarte”. E no comércio era bastante promissor.
A sua casa comercial – loja de tecidos “A Futurista” - era uma das mais frequentadas e sortidas da cidade. Surgiu em 1930 e descerrou suas portas em 1950.
Como político era muito respeitado e tinha a fama de ser honesto, segundo depoimento do Dr. João de Patrício, além de chefiar o partido da UDN em Esperança.
Destacou-se ainda na Presidência do Santa Cruz Futebol Clube, uma das primeiras equipes formadas em nossa cidade, grande rival do Botafogo local.
Foi casado em duas núpcias. A primeira com a Sra. Maria Emília de Christo e a segunda com a Sra. Aldacina Sales de Britto. Registrando-se os seguintes filhos: Maria Violeta e Herder Paulo, do primeiro consórcio; e Jocezilda e Joaquim Filho, do segundo.
No dia 10 de julho de 1928, o jornal “A União” publicou uma nota noticiando o seu primeiro casamento, que  reproduzimos a seguir:

“CASAMENTO: - Na Vila de Esperança casaram-se há dias o sr. Joaquim Virgolino da Silva e a senhora Maria Emília de Christo, professora normalista.
Os atos civil e religioso decorreram na intimidade da família dos noivos, que foram muitos felicitados”.

Durante sua vida amealhou diversos bens, entre eles destacava-se na época a sua propriedade no sítio Arara, com 85 hectares.
Joaquim Virgolino faleceu às 21 horas do dia 06 de agosto de 1971, aos 71 anos de idade, em razão de uma parada cardíaca atestada pelo Dr. Marco Aurélio Barros, no Hospital Samaritano em João Pessoa.
Em sua homenagem, a antiga rua “Campo Santo” foi denominada rua “Joaquim Virgolino da Silva” (Lei Municipal nº 240, de 12/02/1973).

Rau Ferreira

Referências:
- Jornal “A União”, Estado da Paraíba. Edições de 10/07/1928 e 08/06/1945;
- Arquivos do Forum “Dr. Samuel Duarte”: Livro de posses de 1925 e Inventário 400/74;
- Livro 3 da Administrações de Luiz Martins de Oliveira. Esperança: 1988;
- Site do TRE/PB: Resultado das Eleições de 1955, em: http://tre-pb.gov.br;
- Revista do Fisco Nº 364, ano XXXVIII. Paraíba: Setembro de 2008;
- Livro do Município de Esperança. Ed. Unigraf: 1985, p. 38 e 39;
- Foto: Biblioteca “Dr. Silvino Olavo”. Esperança/PB;
- Legislação Municipal que denomina Ruas, Praças e Travessas. Org. João Batista Bastos. Esperança/PB: 2009.

Comentários

  1. A propósito da homenagem ao ex-prefeito Joaquim Virgulino da Silva, pesquisando a legislação deste municipio,constatei um ato daquele gestor, instalando luz elétrica em Montadas, quando pertencia ao nosso municipio.

    ResponderExcluir

Postar um comentário

Obrigado pelo seu comentário! A sua participação é muito importante para a construção de nossa história.

Postagens mais visitadas deste blog

Afrescos da Igreja Matriz

J. Santos (http://joseraimundosantos.blogspot.com.br/) A Igreja Matriz de Esperança passou por diversas reformas. Há muito a aparência da antiga capela se apagou no tempo, restando apenas na memória de alguns poucos, e em fotos antigas do município, o templo de duas torres. Não raro encontramos textos que se referiam a essa construção como sendo “a melhor da freguesia” (Notas: Irineo Joffily, 1892), constituindo “um moderno e vasto templo” (A Parahyba, 1909), e considerada uma “bem construída igreja de N. S. do Bom Conselho” (Diccionario Chorográfico: Coriolano de Medeiros, 1950). Através do amigo Emmanuel Souza, do blog Retalhos Históricos de Campina Grande, ficamos sabendo que o pároco à época encomendara ao artista J. Santos, radicado em Campina, a pintura de alguns afrescos. Sobre essa gravura já havia me falado seu Pedro Sacristão, dizendo que, quando de uma das reformas da igreja, executada por Padre Alexandre Moreira, após remover o forro, e remover os resíduos, desco

A menor capela do mundo fica em Esperança/PB

A Capelinha. Foto: Maria Júlia Oliveira A Capela de Nossa Senhora do Perpétuo Socorro está erigida sob um imenso lajedo, denominado pelos indígenas de Araçá ou Araxá, que na língua tupi significa " lugar onde primeiro se avista o sol ". O local em tempos remotos foi morada dos Índios Banabuyés e o Marinheiro Barbosa construiu ali a primeira casa de que se tem notícia no município, ainda no Século XVIII. Diz a história que no final do século passado houve um grande surto de cólera causando uma verdadeira pandemia. Dona Esther (Niná) Rodrigues, esposa do Ex-prefeito Manuel Rodrigues de Oliveira (1925/29), teria feito uma promessa e preconizado o fim daquele mal. Alcançada a graça, fez construir aquele símbolo de religiosidade e devoção. Dom Adauto Aurélio de Miranda Henriques, Bispo da Paraíba à época, reconheceu a graça e concedeu as bênçãos ao monumento que foi inaugurado pelo Padre José Borges em 1º de janeiro de 1925. A pequena capela está erigida no bairro da Bele

Dom Manuel Palmeira da Rocha

Dom Palmeira. Foto: Esperança de Ouro Dom Manuel Palmeira da Rocha foi o padre que mais tempo permaneceu em nossa paróquia (29 anos). Um homem dinâmico e inquieto, preocupado com as questões sociais. Como grande empreendedor que era, sua administração não se resumiu as questões meramente paroquianas, excedendo em muito as suas tarefas espirituais para atender os mais pobres de nossa terra. Dono de uma personalidade forte e marcante, comenta-se que era uma pessoa bastante fechada. Nesta foto ao lado, uma rara oportunidade de vê-lo sorrindo. “Fiz ciente a paróquia que vim a serviço da obediência” (Padre Palmeira, Livro Tombo I, p. 130), enfatizou ele em seu discurso de posse. Nascido aos 02 de março de 1919, filho de Luiz José da Rocha e Ana Palmeira da Rocha, o padre Manuel Palmeira da Rocha assumiu a Paróquia em 25 de fevereiro de 1951, em substituição ao Monsenhor João Honório de Melo, e permaneceu até julho de 1980. A sua administração paroquial foi marcada por uma intensa at

Escola Irineu Jóffily (Inauguração solene)

Foto inaugural do Grupo Escolar "Irineu Jóffily" Esperança ganhou, no ano de 1932, o Grupo Escolar “Irineu Jóffily”. O educandário, construído em linhas coloniais, tinha seis salões, gabinete dentário, diretoria, pavilhão e campo para atividades físicas. A inauguração solene aconteceu em 12 de junho daquele ano, com a presença de diversos professores, do Cel. Elísio Sobreira, representando o interventor federal; Professor José de Melo, diretor do ensino primário estadual; Severino Patrício, inspetor sanitário do Estado; João Baptista Leite, inspetor técnico da 1ª zona e prefeito Theotônio Costa. Com a direção de Luiz Alexandrino da Silva, contava com o seguinte corpo docente: Maria Emília Cristo da Silva; Lydia Fernandes; Amália da Veiga Pessoa Soares; Rachel Cunha, Hilda Cerqueira Rocha e Dulce Paiva de Vasconcelos, que “tem dado provas incontestes de seu amor ao ensino e cumprimento de seus deveres profissionais”. A ata inaugural registrou ainda a presença do M

A Pedra do Caboclo Bravo

Há quatro quilômetros do município de Algodão de Jandaira, na extrema da cidade de Esperança, encontra-se uma formação rochosa conhecida como “ Pedra ou Furna do Caboclo ” que guarda resquícios de uma civilização extinta. A afloração de laminas de arenito chega a medir 80 metros. E n o seu alto encontra-se uma gruta em formato retangular que tem sido objeto de pesquisas por anos a fio. Para se chegar ao lugar é preciso escalar um espigão de serra de difícil acesso, caminhar pelas escarpas da pedra quase a prumo até o limiar da entrada. A gruta mede aproximadamente 12 metros de largura por quatro de altura e abaixo do seu nível há um segundo pavimento onde se vê um vasto salão forrado por um areal de pequenos grãos claros. A história narra que alguns índios foram acuados por capitães do mato para o local onde haveriam sucumbido de fome e sede. A s várias camadas de areia fina separada por capas mais grossas cobriam ossadas humanas, revelando que ali fora um antigo cemitério dos pr