Da descontinuidade dos eventos
artístico-culturais
Por Evaldo Brasil*
De novo, volto a insistir
nessa reflexão, já publicada em alguns meios, acrescentando uma parte da
história mais recente. O projeto Rondon passa por aqui, em julho, e nas
propostas da equipe da Universidade Católica de Brasília/UCB, o CineEsperança e
a ExpoEsperança. Pareciam, os estudantes da privada UCB, embasbacados com o que
somos e o que temos e inversamente sensibilizados com a dificuldade que temos
para agregar e potencializar essa “mão de obra”. Artesãos segmentados na AALE,
Casa do Artesão e avulsos, apesar da Casa das Bonecas de Riacho Fundo e do
artesanato em sisal de Massabielle. Artistas plásticos sem expor por querer a
mínima estrutura. Poetas expondo e alguns se expondo. Grupos de dança, artistas
performáticos, voz e violão ecoando no Caobe… seria praça da Cultura, seria Dom
Palmeira. Não seria como se queria ou poderia ser a antecipação da Semana da
Cultura imaginada para agosto, pelo dia 22 do folclore, já adiada para algo
maior. Inscrevemos 35, tivemos alguns não inscritos e 10 ausências.
O CineEsperança
apresentou-se no Pintado, em São Miguel, Massabielle… Tentou-se São Francisco,
José Lopes… Questões de segurança impediram esses locais.
As dificuldades e a falta
de estrutura de sempre se fizeram presentes. Não temos um palco para teatro ou
dança. Não temos acentos para a platéia. Não temos paredes para expor. Não
temos profissionais. Até os que já ganham dinheiro com arte e artesanato são
amadores. Ainda esperam por cotas de governos, por cair nas graças e marias.
Evaldo Brasil
(*) Publicado originalmente em 2004. Reeditado em 2007
e atualizado em agosto de 2009 e 2010.
Referências:
-
Banabuyê 300: evaldobrasil.blogspot.com;
-
Texto: Evaldo Brasil.
Comentários
Postar um comentário
Obrigado pelo seu comentário! A sua participação é muito importante para a construção de nossa história.