Silvino Olavo |
Em
fevereiro de 1929 o escritor Mário de Andrade, autor de Macunaíma (1928),
esteve visitando a Paraíba. Na ocasião fez-se acompanhar de alguns intelectuais
da época como José Américo de Almeida e Ademar Vidal, ligados à revista “Era
Nova”, a quem chamou de “amigos”. E também de
Silvino Olavo, que nessa condição particular reavivara a sua memória ao
escrever em cartas a lembrança de sua pessoa “me abraçando”.
Estes
mesmos o “esperavam no caminho” antes mesmo de sua chegada a este território.
Chegando aqui “Em
companhia dos amigos modernistas”, se dirigiu até o hotel onde “Bem no canto
alto da parede uma aranha enorme, mas enorme” lhe chamou a atenção.
“Cheguei contente à
Paraíba”, escreveu em O Turista Aprendiz (p. 307).
Em sua
estadia nesse Estado, caminhou pelo litoral e visitou alguns bairros. “Fiel ao
seu programa de idéias o ilustre intelectual paulista veio ao Nordeste com o
fim de coligir mais documentação para sua obra do folclore musical do Brasil”
(A União, 29/01/1929). E a
pedido do Jornal “A Província” do Recife, relatou as suas viagens.
Certamente a visita à
Paraíba lhe deixou boas impressões e dos amigos que aqui fizera levou algo
“novo” para a sua produção literária. De Silvino Olavo, podemos dizer, foi o
mais afável ao que parece.
Rau Ferreira
Referências:
-
Wikipédia
(http://pt.wikipedia.org): Mário de Andrade e Macunaíma, acesso em 28/02/2010;
-
Jornal “A União”, Estado da
Paraíba: “Intellectuaes Illustres”, edição 29/1/1929;
-
ANDRADE, Mário de. O turista
aprendiz. 2 ed. São Paulo: Duas Cidades, 1983, p. 27 e 307;
-
Por
um inventário dos sentidos: Mário de Andrade e a concepção de patrimônio e
inventário, Volume 39 de Estudos brasileiros, por Antonio Gilberto Ramos
Nogueira, Ed. Hucitec: 2005;
-
Múltiplo
Mário: ensaios, Maria Ignez Novais Ayala, Eduardo de Assis Duarte, Ed. UFPB:
1997.
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