Dispusemos
a escrever este trabalho, que nada tem se científico, tão somente é o resgate
histórico das publicações de Silvino Olavo a partir de 1926, ano em que ele
iniciou a sua saga literária participando ativamente na redação do Jornal “A
União”, órgão oficial do Governo do Estado. Não registramos assim, as nossas
impressoes. Estas ficam a cargo do leitor.
Silvino
Olavo retorna do Rio em 1925, com um livro publicado “Cysnes” e um diploma de
Bacharel em Direito. Consagrado poeta, uni-se aos intelectuais de sua época e
inicia a sua produção literária, escrevendo para vários periódicos. Era o
chamado “Grupo dos Novos”, que tinha expressões como Amarílio de Albuquerque,
Eudes Barros, Américo Falcão e Peryllo D'Oliveira.
A
convite do dr. José Gaudêncio, vem a chefiar a redação d' “O Jornal”. Mas
participa igualmente das publicações da revista “Era Nova” (1921-1926) e atua
como correspondente de “A Província”, do Rio de Janeiro.
Em
“A União”, escreve para o Suplemento “Arte e Literatura” dos domingos, ao lado
de figuras como Carlos Dias, Fernandes, Paulo de Magalhães, Nelson Lustosa
Cabral, Tito Silva, Matias Freire, José Américo de Almeida, o esperancense
Samuel Vital Duarte e Orris Barbosa Soares.
Assim
é que encontramos Silvino comentando alguns livros, a exemplo de “A Bagaceira”,
obra maior de José Américo de Almeida. Outras vezes nos deparamos com suas
idéias sobre “Política e Democracia” e seus conceitos de habeas corpus em
“Vamos acertar os relógios”. Por fim, temos os textos biográficos de "João
do Rio" e Peryllo D'Oliveira, seu colega de redação (“Criadores e
Criaturas”).
Em
nossas buscas encontramos várias notícias publicadas, que nos informam a cerca
de seu cotidiano. Aqui, relacionamos algumas em um capítulo especial,
denominado “Notícias afins”.
A
nossa pesquisa se estendeu até 1932, mas o último achado foi “Títulos e
Capítulos” (1931). Nessa época, os internamentos na Colônio Juliano Moreira se
tornaram mais frequentes, razão pela qual foi interditado, tendo sua esposa
assumido a curatela.
Mesmo
assim, Silvino prefaciou alguns livro e escreveu a sua grande musa “Badiva”.
Acreditamos
então, havermos cumprido o nosso objetivo entregando aos usuários da biblioteca
municipal mais uma ferramenta de pesquisa para os seus trabalhos escolares; e
ao público em geral, que passam a conhecer a intelectual genialidade de Silvino
Olavo através de suas publicações na imprensa paraibana.
Rau Ferreira
Referências:
- Pequena
Biografia do Poeta Silvino Olavo, por Roberto Cardoso - Jornalista. Cisnes/
Sombra Iluminada – 2a Edição, 1985 – p. 3/5;
- A vida
dramática de Silvino Olavo, autoria de João de Deus Maurício, João Pessoa/PB,
Unigraf, 1992;
- Badiva:
poesias inéditas de Silvino Olavo, Marinaldo Francisco de Oliveira (Org.),
Espeança/PB, Secretaria Municipal de Educação e Cultura, 1997 - p. 26/28.
- Jornal
“A União”, suplemento “Arte e Literatura”, Estado da Paraíba, período de
1926/1932.
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