A feira de Esperança sempre representou um marco do
nosso comércio. Muito bem frequentada agrupa pessoas vindas de várias cidades
da nossa região, citemos: Areial, Montadas, Lagoa de Roça, Remígio, Algodão de
Jandaíra, além de diversas localidades rurais e distritos.
Nesses 84 anos de emancipação do município a feira já
mudou algumas vezes. Funcionou inicialmente na Rua Manuel Rodrigues de Oliveira
(Rua Grande), próximo a Igreja Matriz. Depois foi relocada para a Rua Solon de
Lucena (Rua do Sertão) e atualmente encontra-se nas Rua José Ramalho da Costa,
José Andrade, João Cabugá e Floriano Peixato, ladeada que é pelo Mercado
Público inaugurado em 1963.
Pode se dizer que a cidade se desenvoloveu a base do
comércio, desde há muito promissor. Segundo Irineo Joffily, Esperança por sua
feliz situação foi escolhida para o estabelecimento de uma feira de gêneros
alimentícios, que foi a sua origem e que na época era “bastante frequentada”.
(p. 208).
No
livro “A Paraíba” de 1909 encontramos a seguinte citação: “Existem, além da feira da Vila, as de Espeança, S.
Sebastião e Matinhas. A feira de Esperança é quase igual a da vila, no seu
movimento mercantil, apesar de ter menor número de casas comerciais.”
O povo foi se agrupando em torno da feira e de suas
casas comerciais. E em 1860 com a construção da Capela de Nossa Senhora do Bom
Conselho o povoado foi ganhando força até que foi elevado à condição de Vila, e
posteriormente, de cidade de Esperança, emancipada em 1925.
Não é demais relatar que a feira ainda hoje possui sua
importância, com uma intensa circulação de dinheiro e mercadorias.
Rau Ferreira
Referências:
-
“A Parahyba” Volume 2, Ed.
Imprensa Official, 1909, p. ?;
-
“Notas sobre a
Parahyba”. JOFFILY, Irineo. Ed. Typographia do "Jornal do Commercio":
1892;
-
“Esperança e
seus primórdios”, MELO, João de Deus. Jornal “Novo Tempo”, Edição Especial
Comemorativa: Ano IV, Nº 23 - Nov/Dez 95, p. 3;
-
Foto: A Feira,
acervo de Evaldo Brasil.
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