No
“Anuário do Estado da Paraíba” de 1934, Esperança é apresentada como um
“recanto aprazível”. O município que havia sido criado em 1925, “progride,
dilata as suas rendas e cuida da sua representação política, tornando-se hoje
respeitável pelas doze centenas de eleitores que lhe formam um poderoso
colégio.”
O
texto é assinado por José de Cerqueira Rocha e relata fatos de sua
contemporaneidade. Para ele “A villa de Esperança é agora um lugar aprazível.
Os viajantes gostam de seu clima, admiram o seu povo e partilham do movimento
local”.
O
autor observa que “Os tempos se
passam e as construções augmentam, agora obedecendo a uma nova esthetica”. E
conclui: “De casinhas mal acabadas
Banabuyé viveu por longos annos creando os typos que se deveriam tornar padrões
nas gerações da actual Esperança”. Obedecendo a esta nova arquitetura “os fios ficam embutidos nas platibandas das
residências.”
O município acompanhava o
movimento ritmico da civilização moderna, impulsionada pelo seu comércio
promissor e pela sua gente, “dando um quasi último adeus aos seus não muito
distantes annos de fundação.”
Desde aquela época
demonstrava “inclinação provável de se brincar o carnaval”, porém o “mês de maio era
um dos mais belos do anno, havia muitas flores e novenas”, ressaltando a
religiosidade local.
Um
outro fator que contribuiu para este impulso na sua opinião foi o cinema, que
“reflectiu quasi diretamente no incentivo pelas coisas novas”. E a partir daí,
“A moda começou a imperar.” Neste ponto convenhamos a cidade sempre foi muito
vaidosa!
Sobre
os costumes registra que “Pratica-se o 'sport' de cultura physica, possuindo
isso um 'Centro' e joga-se o 'foot-ball'”.
Contudo,
“Esperança de hoje tem, no entanto, saudades de Banabuyé de hontem, por isso
que ainda vivem alguns typos padrões da mocidade actual.” e “cresce de tamanho e de
largueza hospitaleira, pelo verde lençol matoso de uma região que se tornou
privilegiada...”
Rau Ferreira
Referência:
-
“Annuario
da Parahyba” Volumes 1-3, Imprensa Official: 1934, p. 155/157.
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