A
cultura da batatinha durante muitos anos foi a grande mola propulsora do
comércio agrícola de Esperança. As primeiras plantações ocorreram em 1931, pois
alguns agricultores decidiram apostar na leguminosa. O solo arenoso do município
foi propício ao desenvolvimento da monocultura, figurando este como o maior
produtor de batata ingleza do Nordeste.
Em
1935 o Jornal “A União” noticiava o crescente aumento do “plantio dos
municípios de Esperança e Alagoa Nova, onde mais se faz sentir a ação benéfica
das cooperativas” (p. 01).
Os
maiores índices foram registrados no final dos anos 70, atingindo a plantação
60% das terras agricultáveis. Toda a produção era exportada para os Estados de
Pernambuco, Ceará e Rio Grande do Norte.
Os
principais produtores de batatinha no município foram: Antonio Amâncio, Cícero
Amâncio, Severino Joca, João Virgínio da Silva, Antonio Amaro da Costa Ramos,
Manoel da Costa Ramos e João Clementino. Já os grandes revendedores foram os
Srs. Aluísio e Goteira.
O
regime de secas aliado aos baixos preços e a ocorrência de pragas diminuiram o
seu plantio, que em 1984 ficou reduzido a 24% do solo (330 ha). E em 1996 foram
plantados 500 hectares, resultando numa boa produção.
Com
o seu declínio, muitos agricultores foram obrigados a investir nas roças de
feijão e milho, perdendo a batata um pouco de sua importância.
A
cidade também se destacou em outros tempos pelos cultivos do algodão e agave.
Rau Ferreira
Referências:
-
Livro
do Município de Esperança. Ed. Unigraf: 1985, p. 77/79;
-
Esperança:
Diagnóstico Sócio-Econômico, SEBRAE/PB: 1997, p. 18;
-
Jornal “A União” - Paraíba,
Ed. 28/07/1935: Batatinha – uma cultura que toma vulto, artigo de capa;
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