Esperança/PB |
Esperança surgiu das sesmarias requeridas entre 1713 e 1753, medindo cada uma 3 (três)
léguas de comprimento por 1 (uma) de largura, compreendendo a de Lagoa de
Pedra, de Umbigada, de Lagoa Verde e Banabuié. Desta última surgiu uma fazenda
de igual nome e que perdurou até 1860, de onde teve origem uma pequena povoação
e uma feira, sendo passagem para o brejo e o sertão.
Dois anos depois construiu-se Capela de Nossa
Senhora do Bom Conselho, onde hoje é a Igreja Matriz, por orientação de Frei
Venâncio.
Em 1872 já havia a denominação de “Boa
Esperança”. E em 1885, instalou-se a agência dos Correios e Telégrafos local,
cujo agente era Antônio Albuquerque Lima.
Dom Adauto criou a Paróquia de Esperança no dia
20 de Maio de 1908, tendo a frente dos trabalhos o Padre Francisco Gonçalves de
Almeida.
Dado a crescente urbanização local surgiu a
necessidade de sua elevação a categoria de município.
Em
maio de 1925, iniciou-se um levante em prol da sua emancipação política. Esse
movimento ganhou força no inflamado discurso de Silvino Olavo, que declamava:
“Esperança – Lírio Verde da Borborema – terra de juventude e de fé”.
A idéia foi ganhando novos adeptos, entre eles o
Coronel Elísio Sobreira, então Chefe de Polícia do Estado, que muito se
empenhou neste sentido.
A luta pacífica e intelectual em prol desta
causa continuava. Assim é que o Deputado Antônio Guedes, que na época era
prefeito de Guarabira e lider da Assembléia apresentou na Câmara Legislativa o
Projeto de Lei nº 13, que dava origem a cidade de Esperança e que seria
aprovado em 16 de novembro de 1925, após três discussões a que se opunha o
também parlamentar Padre Aristides.
Finalmente, no dia 1o de Dezembro de 1925, era publicada no jornal
“A União” a Lei nº 624, que criava a cidade Esperança.
Mas o município somente foi instalado em 31 de
dezembro de 1925, tendo Manuel Rodrigues de Oliveira assumido a condição de
prefeito. O ato de posse do primeiro gestor municipal foi tomado pelo Dr. João
Marinho da Silva, Juiz Municipal, na presença de diversas autoridades,
procedendo-se em seguida a comunicação formal ao Governador do Estado por meio
de telegrama, que na época foi publicado no jornal “A União.
“Tenho
a honra de comunicar Vossência instalação município toda solenenidade após
compromisso assumi exercicio cargo prefeito. Povo aclama nome vossencia pelo
muito interesse causa Esperança. Protestando a vossencia toda a minha gratidão
honrosa nomeação asseguro incondicional apóio ao brilhante fecundo governo
vossencia. Cordiais saudações. Manuel Rodrigues”
E
ao ilustre Deputado Antônio Guedes, as autoridades nomeadas escreveram o seu
regozigo pelo aclamado apoio e incentivo na criação do Município:
“Ao
ilustre lider da maioria desta ilustre Corporação. Esperança livre vem trazer
uma palavra de agradecimento pela apresentação do projeto sua independência. Os
habitantes desta localidade reconhecidos nobres senhores deputados signatários
e interessados passagem aludido projeto rogam a v. ex. Fineza apresentar aos
mesmos a gratidão de Esperança autônoma e vitoriosa. Saudações cordiais.”
(Jornal “A União”, 1925).
Rau Ferreira
Referência:
- Livro do Município de
Esperança (Projeto Gincana Cultural/83 – “Descubra a Paraíba” – Coleção Livros
dos Municípios 006/171);
- Site: http://www.virgulino.com/;
- Esperança, wikipédia (http//pt.wikipedia.org);
- Pequena Biografia do Poeta Silvino Olavo, escrita
pelo jornalista Roberto Cardoso. In: Cisnes/ Sombra Iluminada – 2a Edição, 1985.
- Livros de Posses e Compromissos, Fórum Samuel
Duarte – Esperança/PB, 1925 a 2005;
- Jornal “A União”, Edições de dezembro de 1925;
- Foto montagem: Esperança – Centro, 1935.
Comentários
Postar um comentário
Obrigado pelo seu comentário! A sua participação é muito importante para a construção de nossa história.