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Mostrando postagens de fevereiro, 2012

Pedro Pichaco (Conto III)

Conto III O jornalista e adido culturaEvaldo Brasil fez a seguinte releitura de um dos conhecidos causos de PedroPichaco: “ Pedro Pixaco, o ‘bom de lábia’ dentre outros adjetivos, a troco dealguns tostões, certa feita, ao público da ocasião constituído basicamente deagricultores pouco letrados, garantira jogar uma pedra de paralelepípedo para oalto e, em seguida, segurar no dente, fazendo inclusive um gesto labial,trincando os incisivos. A multidão apreensiva, que aumenta a cada anúncio doinusitado, aguardava o feito. Depois de passar o chapéu, o malandro finalmenteatirou a pedra pro alto. Não sem antes embolsar o apurado. O paralelepípedocaiu longe. Nesse meio tempo, Pixaco segurou com o indicador e o polegar em seudente, exclamando em movimentos labiais bem coreografados: - Fiz ou não fiz oprometido?! Após o burburinho e sucessivas risadas, a aglomeração sedispersou, sem fazer questão dos trocados que havia despendido por aquela apresentação. Pixaco seguiu com alguns contos no bolso

Irineu Joffily e suas raizes (2ª. Parte)

IrineuJóffily mantinha profundas relações com o Município de Esperança. Isto éinegável. A sua famíliacostumava passar “ os invernos em um pequeno sítio à sombra de imensa rocha, que guarda um poucode umidade para os terrenos do nascente. Olocal era conhecido por Banabuié ” (Jóffily: 1892). Por esta razão dizem ter “ Nascido na casa das lascas, Banabuyê,fazenda Lajedo, lugarejo de Pocinhos, hoje município de Esperança” (PBLetras: 2002). Além disso, na sua linha ascendentepaterna, havia Barbara Maria da Pobreza, proprietária de terras em Gravatazinhode Esperança e metade do Sítio Oriá (Areial), nas testadas do olho d’água doBrabo, de onde vem Manoel do Brabo, vaqueiro de confiança de Zé Luiz eresponsável por levar o pequeno Irineu à escola do Padre Rolim, em Cajazeiras.De onde provém o seu amor pela geografia paraibana. A esse respeito,assinalamos a seguinte nota: “ A afirmar essa sua vocação exótica ou inesperada pela geografia estáaquela sua primeira viagem, que, por oito dias, fez ,

Viagem no tempo

Visitar a residência de seu Antonio Barbosa, na rua de Areia (rua Antenor Navarro) é realizar uma viagem no tempo. O seu acervo é um dos mais invejáveis. São dezenas de fotos que contam a história do município de Esperança, além de LP’s, antenas e rádios da época. Aluguel de bicicletas. Os painéis encontram-se dispostos em uma parede numa série quase interminável. E a cada dia somam-se outras aquisições. Construção da casa de José Ramalho. Recentemente o jornalista Evaldo Brasil cedeu algumas fotografias digitais para seu Antonio. E outras tantas estão sendo recolhidas pelo escritor Eudes Donato, que acreditamos devem seguir o mesmo destino. Centro antigo (1940). Como bom memorialista que é, seu Antonio guarda ainda os jornais de festa, a exemplo d’O Gillete e Telestar editados na década de 60. Armazém de Antonio Nogueira. Ações como estas devem ser incentivadas em nosso município, pois além de proporcionar uma memória coletiva dos acontecimentos locais ajuda a preservar a nossa cultur

Typografia d'O Tempo

A Typografia d'O Tempofuncionava em Esperança na rua Solon de Lucena, 19. Seu principal produto era ojornal homônimo que circulava na cidade, sob a direção de José de Andrade egerência de Teófilo de Almeida. A gráfica que imprimia o jornal era bem aparelhada e atendiainclusive as necessidades do nosso comércio. Além do periódico esperancense,fornecia aquela oficina faturas, cartões de visita, talões de recibo e notaspromissórias, além de outros serviços. Os estatutos da Cooperativade Produção e Industrialização da Batatinha de Esperança, fundada em 12 denovembro de 1934, foram publicados em sua oficina, constituindo-se numaprancheta de excelente qualidade. Rau Ferreira Fonte: - ARAÚJO, Maria de Fátima S. Paraíba, Imprensa e Vida:Jornalismo impresso 1826 a 1986 .2 ed. Editora e Jornal da Paraíba: 1986. - ESPERANÇA, Livro do Município de. Ed.Unigraf. Esperança/PB: 1985. - LEAL,José. A imprensa na Paraíba . 2 ed. JoãoPessoa/PB. Ed. A União: 1962. - O TEMPO, Jornal. Ed. Typ. O Tempo. E

Deu no jornal...

A seguinte nota foi publicada em1935, a respeito do governo interino e os melhoramentos na cidade de Esperança: “ESPERANÇA – Melhoramentos. Esperança, Setembro – Do Correspondente. O Prefeito interino Sr. ManuelFirmesa está bastante empenhado em fazer o reparo das estradas de rodagem queligam este município a outros vizinhos, grandemente danificadas pelas águas. O Dr. Sebastião Araújo, Inspetor da Inspetoria Municipal de Higienecriada por decreto de 10/7/935, acaba de instalar o posto médico, melhoramentode grande alcance, que Esperança de há muito reclamava dos poderes constituídose somente agora pode conseguir, graças ao espírito empreendedor e humanitáriodo dr. Sebastião Araújo, e à vontade de bem servir aos seus munícipes, doex-Prefeito Sr. Theotonio Costa” (A União: 07/09/1935). Manuel Simplício Firmesa, naépoca, era o Secretário da Prefeitura, cargo hoje equiparado a Chefe de Gabinete, tendoassumido interinamente o governo municipal. Sebastião Araújo havia sido nomeadoInspetor d

O carnaval da cidade de Esperança

Grupo os Taka-toxas Por Jailson Andrade        1970 -GRUPO CARNVALECO COM BATUCADAE HARMONIA DE SAMBA   OS BORÓS  Osboros foi uma pioneira e incentivadora para o surgimento das demais charangas que se seguem  foi fundada em 1970por Arnaldo Bezerra Cavalcante  EdvaldoJose dos santos Aildo Bezerra Walter Carlos Jose naldo  Antonio  Adalberto Jorge  Eliodoro Honorato Manuel freire da rocha  Marconi batista de Souza  Leomax Batista Jose de Medeiros  João Raimundo lima                            BLOCOCARNAVALESCO SAMBALOGIA FUNDADOEM 12/01/1976 por  Jose de Arimateia deAraújo, Gilmar Roque dos Santos, Adalberto Cezar Batista, Marcelo, Cláudio,Caca, Biscui, Gilmar, Michelo, Dikel, Marcelo, Arimatéia Veríssimo, Gualberto,Milton Duarte, Dedé Olegário, Zanoi de Jaime, Chota, Clavidão, Beto deCicinato, Gilmar de Zé Preto, Edvaldo, Gordinho, Edvaldo Emiliano, Zeu Tambor,Audalécio, Totó, Betinho de Samuel, Betuca, Geraldo de chá de bordo, JoãoRaimundo, Jorge de Pitiu, etc. Fundadores: Arimatéia e

Os grandes carnavais de Esperança

Por Jailson Andrade        CARNAVALDE 1927 BLOCOCARNAVALESCO “BOM PORQUE PODE” Fundadopelo senhor Toscano constituído com 35 componentes a maioria deles eramoperários das pequenas indústrias de sapatos da cidade os primeiros componentesforam Máfia, Bida, Zé Bilíngüe, Manuel de Gonçalo, Novo, Piaba ex-jogador defutebol, Zé Pereira, Sr. Arara Basto Bolero Lita, Manuel Felipe, João Marcolinoe outros a fantasia geralmente utilizava cores preta, amarela, roxa, branca everde confeccionadas pela senhora Maria do Carmo Lima Batista na avenida tinhacomo destaque uma bandinha de frevo animada por Belina Basto de Tino, Zé BonecoBibi e outros.           Os grandes músicos carnavalescosSebastião de Tino, músico e compositor, José Boneco músico do saxofone eclarinete Severino de Nicolau suplanista Pedro Lucio Maestro e compositor LouroPassos Trombone Teste Jesuíno e Francisco Celestino Titico Violino. CARNAVALDE 1932 OProfessor Luis Gil foi o fundador do bloco coronel nas ondas participava aelite de

História do Carnaval de Esperança

Por Jailson Andrade           Nas ruas da cidade, na parte da manhã tinha os “mela-mela”, umas melavam as outras com pó, e com baldes de água, na Rua Manoel Rodrigues tinha o “corredor da folia”, carros ornamentados cheio de pessoas desfilavam pela rua, tinha as escolas de samba, charangas, “bloco dos índios”, e “bumba-meu-boi”, nas tardes de domingo tinha um baile carnavalesco infantil no clube “CAOBE”, animado pela banda de frevo “Marajoara”, de Recife – PE, e na parte da noite as famílias esperancenses pulavam o carnaval com o “Bloco da Saudade”, com marchinhas de frevo animadas, pela maior banda musical da época “Neradetson”, e só terminavam na quarta-feira de cinzas, todas as pessoas iam com suas fantasias.    Nos anos 80, ouve um grande fenômeno de charangas, tipo pagodes com batucadas animando o “corredor da folia”, a mais famosa foi “Os Borós”, animado por Manuel Freire da Rocha, Lobão, Naldinho, Beto de Zé Leite, Doro, e muitos outros…, tínhamos também o “Sambalogia”, “Sambate

A Loja das Noivas, de Theotônio Tertuliano

Propaganda de 1940. A Loja das Noivas foi um dosprimeiros empreendimentos comerciais do município de Esperança. Pertencia aTheotônio Tertuliano da Costa (1875-1959) e funcionou em nossa cidade de 1897 até1950.  Rubrica de Theotônio Costa. Tinha completo sortimentode aviamentos para sapateiros, miudezas, perfumarias, chapéus e tecidos, alémde ser correspondente do Bando do Brasil. E estava estabelecida na avenidaSenador Epitácio, 96 (atual rua Manuel Rodrigues). Nota 1940. A história registra que oempório era um dos mais freqüentados do Município. Rau Ferreira Fonte: - ESPERANÇA, Livro do Município de. Ed. UnigrafEsperança/PB: 1985. - FISCO, Revista do. Edição de setembro nº 364, AnoXXXVIII. Paraíba: 2002. - PARAHYBA, Annuario da. Volumes 1-3. Imprensa Official.Parahyba do Norte: 1934.

Deu no jornal...

A seguinte nota foi publicada em 1926, a respeito do Conselho Municipal de Esperança: “As Festas de Esperança. Agradecendo a homenagem de que foi alvo na festa da inauguração do Conselho Municipal de Esperança, o nosso ilustre representante na Câmara Federal dr. Carlos Pessoa dirigiu ao prefeito daquela comuna o seguinte despacho: Rio, 2. Muito desvanecido comunicação do prezado amigo agradeço sensibilizado generosa homenagem que ao meu humilde nome acaba de prestar essa prefeitura – afetuosas saudações – CARLOS PESSOA”  (A União: 26/10/1926). O município recém criado, com apenas onze meses de vida, era administrado pelo comerciante Manuel Rodrigues de Oliveira. Rau Ferreira Fonte: -           ESPERANÇA, Livro do Município de. Unigraf. Esperança/PB: 1985. -           A UNIÃO, Jornal. Edição de 26 de outobro. João Pessoa/PB: 1926.

Francisco Cláudio de Lima (2ª. Parte)

Continuamos a traçar o perfilbiográfico de Francisco Cláudio de Lima, o popular Chico de Pitiu. Casado emprimeiras núpcias com Maria das Neves Limeira, e em segundo matrimônio com aSra. Maria de Lourdes Cordeiro. Co-fundador do Esperança Club e do CAOBE,ex-jogador do América de Esperança e treinador daquela agremiação. Autor dolivro “50 Anos de Futebol e etc”, lançado em 1994. Era extremamente patriota. Estasvaenvolvido nos movimentos estudantis e sonhava ver todos alfabetizados, tantoque instalou uma escola para educação de adultos que funcinou na antiga sede doCAOBE, na rua Elysio Sobreira. Futebolista, gostava também decarnaval e São João, sendo um defensor das raízes tradicionais da nossa terra.Em certa ocasião, chegou a declarar: “ Quemé filho de Esperança e nega suas origens é porque não é digno de seresperancense ”. A Usina de Compostagem de Lixo deEsperança, que era modelo para a região na década de 90, foi fruto do esforçode Chico Cláudio. Seu amor por esta terra era tão grand

Sol: A morte na Infância

Silvino Olavo fora oprimogênito de vinte irmãos, dos quais muitos deles tiveram morte prematura. Em Sombra Iluminada (1927) o poetaexpressa o sentimento de melancolia que marcou a sua infância e escreve osoneto Dó dedicado à memória de seus fraternos. Escreve que a sua infânciaassistiu o nascer de vinte irmãos – vintepunhais sem jóias de alfazema cravados n’alma dos meus pais cristãos! –muitos vieram à luz ainda na fazenda Lagoa do Açúde, propriedade do velhoCoronel Candido, amparados por alguma parteira e acalentados pelas mãos de donaJosefa. Na época eram muitas as doenças que acometiam osrecem-nascidos e não se conhecia tratamento para certas patologias,atribuindo-se o falecimento as febres em geral. A religiosidade de entãoconfortava os pais pois tudo era desígnio dos céus. Assim SOL escreve à morte – álgida luz deste poema e donade todos os meus sonhos vãos – que levou seus treze pequeninos baixando asua algema e ungindo as mãos do menino. Quem sabe imaginando como seria sees

Deu no jornal...

A seguinte nota foi publicada em1927, a respeito do ensino primário em Esperança: “ESPERANÇA – Pelo ensino. Esperança, 4 – Com a presença do Sr. ManuelRodrigues e mais autoridades locais, inaugurou-se ontem o Instituto Pedagógicosob a direção do professor Correia de Araújo, que para esse fim contou com amelhor boa vontade do Sr. Prefeito (Especial)” (A União: 05/04/1927). Naquela época o nosso municípiopossuía poucas cadeiras elementares, que foram reunidas em 1932 para formarem oGrupo Escolar “Irineu Jóffily”. Rau Ferreira Fonte: -          ESPERANÇA, Livro do Município de. Unigraf.Esperança/PB: 1985. -          AUNIÃO, Jornal. Edição de 05 de abril. João Pessoa/PB: 1927.

Esperança: O Tanque do Governo

ReportagemEspecial Oficialmente denominado “Reservatório16 de Agosto”, o popular Tanque do Governo está localizado no final da ruaManuel Henriques em Esperança. Construído na interventoria deRuy Carneiro, sob a administração do Prefeito Sebastião Vital Duarte, tinha porobjetivo suprir as necessidades de água potável do município. Na época não existia águaencanada e diversas pessoas faziam o serviço de colocar água nas casas, a exemplode Adauto Pichaco e um senhor que fazia carga de burros na Beleza dos Campos. O reservatório em 1965 Os estudos preliminares foramfeitos pelo engenheiro Luciano Vareda – Diretor de Saneamento de João Pessoa. Esua inauguração deu-se em em 16 de agosto de 1944. Placa de inauguração (1944) Várias camadas de terra e lajedoforam retiradas daquele tanque natural de pedra para que pudesse acumular aságuas pluviais. Em uma antiga publicação, encontramos as seguintes anotações: “Trata-se de um tanque que, pelas suas condições naturais, podearmazenar um volume dágua

Deu no jornal...

Com este título iniciamos umasérie de publicações de notícias que dizem respeito ao Município de Esperança. O intuito é trazer ao públicoleitor reportagens, entrevistas e notas publicadas em jornal sobre os maisdiversos assuntos. Desta forma, além de construir uma memória esperancenseestamos fornecendo material para os pesquisadores e estudantes que queiram seaprofundar em nossa história. Nesse primeiro post , trazemos uma matéria relativa àadministração do Prefeito Severiano Pereira da Costa (1942/1944) e algunsmelhoramentos implementados na cidade: “ Melhoramentos Municipais: - O prefeito Severiano Pereira ordenou acontinuação do calçamento, a paralelepípedos, da avenida Senador Epitácio. Foi levantadoo meio fio da rua dos Centenários, que foi abaulada, desaparecendo a pedreiraexistente à entrada da citada rua. A rua Banabuyé, a mais antiga da cidade, mereceu, também, as atenções doPrefeito que providenciou no sentido de ser a mesma nivelada e colocado o meiofio, achando-se o materia