Pular para o conteúdo principal

1943: Inauguração solene da fachada da Matriz



A
 reportagem a seguir foi retirada do Jornal “AUnião” e registra um fato importante da nossa história. Como sabemos,antigamente existia no lugar da igreja uma capela com duas torres cujo frentãofoi derrubado para dar lugar a uma igreja de uma única torre. O responsável poressa mudança sensível foi o Padre João Honório (1937/1951).
A matéria diz respeito ao atosolene de inauguração e funcionamento do carrilhão da Igreja Matriz, daParóquia do Bom Conselho.

Matéria de Jornal e aspecto da Igreja em 1946

DE ESPERANÇA
Inaugurada a fachada da Matriz de N. S. do Bom Conselho – O Arcebispo D.Moisés presidiu às solenidades religiosas – Começou a funcionar o carrilhão daMatriz.

ESPERANÇA, 04– (Do Correspondente) – Esta cidade recebeu ontem, com grandes festas D. MoisésCoêlho, Arcebispo da Paraíba. A visita de S. Excia. Revdma. foi motivada pelainauguração da fachada da Matriz e do carrilhão instalado na torre.
A chegada doSr. Arcebispo verificou-se no dia 2, às 17 horas.
Em nome daParóquia saudou D. Moisés Coêlho o con. Severino Torres que exprimiu o júbiloda alma católica esperancense ao receber o venerando chefe da igreja.
No dia 3, às 6e 30, realizou-se a Páscoa dos escolares.
Às 9 horas foicelebrada solene missa campal, sendo celebrante o cônego João Borges, tendo amesma a assistência de D. Moisés Coêlho.
Às 10 e 30seguiram-se as homenagens das associações religiosas e civis da cidade, sendoD. Moisés saudado no Salão Pio XI por parte das Associações religiosas pelo Sr.Sebastião Nascimento e professora Donatila Mélo.
Às 12 horasfoi oferecido um almoço na Casa Paroquial ao Arcebispo D. Moisés, sacerdotes eautoridades.
Às 13 e 30 foiD. Moisés recepcionado pelo Governo do Município no salão nobre da Prefeitura,saudando-o o Dr. Ademar Lafayette, Juiz de Direito da Comarca.
Às 15 e 30 foio Sr. Arcebispo carinhosamente recepcionado pelos escolares esperancenses nogrupo escolar “Irineu Joffily”, falando o professor Luiz Alexandrino, seudiretor, em nome do corpo docente.
Às 16 e 30inaugurou D. Moisés os trabalhos da Matriz e o relógio, dando por ocasião, doalto da torre, solene benção episcopal.
Às 19 e 30recebeu ainda o Arcebispo D. Moisés, a homenagem do “Esperança Clube” e dasclasses conservadoras, falando, respectivamente, os Srs. Clodomiro Albuquerquee Teotônio Rocha.
Abrilhantou asolenidade a Banda de Música de Areia (A União)”.

O Coronel Elysio Sobreira foi umgrande fomentador dessas mudanças havidas na fachada da Matiz. Foi dele ainiciativa de se abrir uma conta na Caixa Operária do Estado para a aquisiçãodo relógio da Igreja, ainda no ano de 1931.
Ostrabalhos tiveram início no dia 08 de novembro de 1939, retirando as antigastorres e deixando apenas uma central, com aproximadamente 14 metros. Na parteinterna, foram feitos “consertos no forro de toda a nave e corredores, limpezae pintura geral e nova instalação elétrica” (Livro Tombo I: 03/02/40).

Rau Ferreira

Fonte:
-        A UNIÃO, Jornal. Órgão oficial do Estado da Paraíba. 28de junho. João Pessoa/PB: 1931;
-        A UNIÃO, Jornal. Órgão oficial do Estado da Paraíba. 13de junho. João Pessoa/PB: 1943;
-        CENTENÁRIO, Revista. Paróquia do Bom Conselho. Ed.Jacinto Barbosa. Esperança/PB: 2008;
-        PARÓQUIA, Livro Tombo I. Págs. 03/02 à 14/04/1940.Paróquia de Esperança: 1940;
-        Site da Paróquia, disponível em http://www.paroquianossasenhoradobomconselho.org.

Comentários

  1. Muito feliz com a matéria que fecha o ciclo da reforma "sensível".
    Donatila Mélo me parece ser a professora pioneira no teatro em Esperança. Estive com ela em João Pessoa, há alguns anos. Lúcida, apenas a audição lhe dificultava a boa relação com as pessoas. Matias Grageiro teria sido aluno dela. Que tal publicar algo sobre ela?

    ResponderExcluir

Postar um comentário

Obrigado pelo seu comentário! A sua participação é muito importante para a construção de nossa história.

Postagens mais visitadas deste blog

A Pedra do Caboclo Bravo

Há quatro quilômetros do município de Algodão de Jandaira, na extrema da cidade de Esperança, encontra-se uma formação rochosa conhecida como “ Pedra ou Furna do Caboclo ” que guarda resquícios de uma civilização extinta. A afloração de laminas de arenito chega a medir 80 metros. E n o seu alto encontra-se uma gruta em formato retangular que tem sido objeto de pesquisas por anos a fio. Para se chegar ao lugar é preciso escalar um espigão de serra de difícil acesso, caminhar pelas escarpas da pedra quase a prumo até o limiar da entrada. A gruta mede aproximadamente 12 metros de largura por quatro de altura e abaixo do seu nível há um segundo pavimento onde se vê um vasto salão forrado por um areal de pequenos grãos claros. A história narra que alguns índios foram acuados por capitães do mato para o local onde haveriam sucumbido de fome e sede. A s várias camadas de areia fina separada por capas mais grossas cobriam ossadas humanas, revelando que ali fora um antigo cemitério dos pr

A menor capela do mundo fica em Esperança/PB

A Capelinha. Foto: Maria Júlia Oliveira A Capela de Nossa Senhora do Perpétuo Socorro está erigida sob um imenso lajedo, denominado pelos indígenas de Araçá ou Araxá, que na língua tupi significa " lugar onde primeiro se avista o sol ". O local em tempos remotos foi morada dos Índios Banabuyés e o Marinheiro Barbosa construiu ali a primeira casa de que se tem notícia no município, ainda no Século XVIII. Diz a história que no final do século passado houve um grande surto de cólera causando uma verdadeira pandemia. Dona Esther (Niná) Rodrigues, esposa do Ex-prefeito Manuel Rodrigues de Oliveira (1925/29), teria feito uma promessa e preconizado o fim daquele mal. Alcançada a graça, fez construir aquele símbolo de religiosidade e devoção. Dom Adauto Aurélio de Miranda Henriques, Bispo da Paraíba à época, reconheceu a graça e concedeu as bênçãos ao monumento que foi inaugurado pelo Padre José Borges em 1º de janeiro de 1925. A pequena capela está erigida no bairro da Bele

Mercês Morais - Miss Paraíba 1960

  Esperança-PB sempre foi conhecida por ser uma cidade de gente bonita, e moças mais belas ainda. A nossa primeira Miss foi a Srta. Noêmia Rodrigues de Oliveira, vencedora do concurso de beleza realizada no Município em 1934. Segundo o Dr. João Batista Bastos, Advogado local: “ Noêmia era uma mulher de boa presença, vaidosa, elegante e bonita ”. Ela era filha de do Sr. Manoel Rodrigues de Oliveira e dona Esther Fernandes. Entre as beldades, a que mais se destacou foi a Srta. Maria das Mercês Morais, que após eleita em vários concursos na Capital, foi escolhida “Miss Paraíba de 1960”, certame esse promovido pelos Diários Associados: “ Maria Morais, que foi eleita Miss Paraíba, depois de um pleito dos mais difíceis, ao qual compareceram várias candidatas do interior. Mercês representa o Clube Astréa, que vem, sucessivamente, levantando o título da mais bela paraibana, e que é, também, o ‘mais querido’ do Estado ” (O Jornal-RJ, 29/05/1960). “ Mercês Morais, eleita Miss Paraíba 196

Genealogia da família DUARTE, por Graça Meira

  Os nomes dos meus tios avôs maternos, irmãos do meu avô, Manuel Vital Duarte, pai de minha mãe, Maria Duarte Meira. Minha irmã, Magna Celi, morava com os nossos avós maternos em Campina Grande, Manuel Vital Duarte e Porfiria Jesuíno de Lima. O nosso avô, Manuel Vital Duarte dizia pra Magna Celi que tinha 12 irmãos e que desses, apenas três foram mulheres, sendo que duas morreram ainda jovens. Eu e minha irmã, Magna discorríamos sempre sobre os nomes dos nossos tios avôs, que vou colocar aqui como sendo a expressão da verdade, alguns dos quais cheguei eu a conhecer, e outras pessoas de Esperança também. Manuel Vital e Porfiria Jesuíno de Lima moravam em Campina Grande. Eu os conheci demais. Dei muito cafuné na careca do meu avô, e choramos sua morte em 05 de novembro de 1961, aos 72 anos. Vovó Porfiria faleceu em 24 de novembro de 1979, com 93 anos. Era 3 anos mais velha que o meu avô. Nomes dos doze irmãos do meu avô materno, Manuel Vital Duarte, meus tios avôs, e algumas r

Dom Manuel Palmeira da Rocha

Dom Palmeira. Foto: Esperança de Ouro Dom Manuel Palmeira da Rocha foi o padre que mais tempo permaneceu em nossa paróquia (29 anos). Um homem dinâmico e inquieto, preocupado com as questões sociais. Como grande empreendedor que era, sua administração não se resumiu as questões meramente paroquianas, excedendo em muito as suas tarefas espirituais para atender os mais pobres de nossa terra. Dono de uma personalidade forte e marcante, comenta-se que era uma pessoa bastante fechada. Nesta foto ao lado, uma rara oportunidade de vê-lo sorrindo. “Fiz ciente a paróquia que vim a serviço da obediência” (Padre Palmeira, Livro Tombo I, p. 130), enfatizou ele em seu discurso de posse. Nascido aos 02 de março de 1919, filho de Luiz José da Rocha e Ana Palmeira da Rocha, o padre Manuel Palmeira da Rocha assumiu a Paróquia em 25 de fevereiro de 1951, em substituição ao Monsenhor João Honório de Melo, e permaneceu até julho de 1980. A sua administração paroquial foi marcada por uma intensa at