O imposto do chão da feira é muito antigo e sempre gerou algumas discordâncias da comunidade. Em Campina Grande, por exemplo, houve inclusive um movimento de revolta denominado o “Ronco da Abelha” (1852).
Essa tributação era arrematada em praça pública e o adquirente tinha o direito de explorar a atividade durante certo tempo.
A povoação de Esperança sempre teve uma feira bastante concorrida e seu imposto, muitas vezes, superava a da própria vila a que fazia parte. Veja o quadro exemplificativo a seguir:
Produto do imposto da feira de Alagoa Nova - 631$000
Produto do imposto da feira de Esperança - 641$000
Produto do imposto da feira de S. Sebastião - 101$000
Antes da emancipação esta taxa pertencia a Alagoa Nova, que fazia o leilão. Mas com a nossa independência política havida em dezembro de 25, esta ficou a cargo do prefeito municipal.
Em nota o jornal “A União” esclarecia que os impostos da feira de Esperança haviam sido arrematados por mais de 15 contos de réis. Aliás, o valor preciso foi quinze contos e cinqüenta e dois mil reis (15:552$000).
O fato foi comunicado via telegrama ao Cel. Elysio Sobreira, chefe político municipal residente na Capital paraibana e documentava “as possibilidades econômicas de Esperança”.
A feira livre local sempre representou um marco em nossa história. O contrato de arrendamento foi celebrado pelo prefeito Manuel Rodrigues de Oliveira em obediência as normas legais.
Rau Ferreira
Fonte:
- JOFFILY, Irenêo. Notas sobre a Parahyba: fac-símile da primeira edição publicada no Rio de Janeiro, em 1892, com prefácio de Capistrano de Abreu. Thesaurus Editora: 1977
- A UNIÃO, Jornal. Órgão Oficial do Governo do Estado, Sábado: 08/01/1927;
- PARAHYBA, A. Volume 2. Imprensa Official: 1909;
- ADMINISCTRATIVO, Almanak. Mercantil e Industrial do Estado da Parahyba para o ano de 1908. Imprensa Official: 1908.
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