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Mostrando postagens de setembro, 2010

Esperança na literatura de cordel

Que Esperança é terra de grandes cordelistas ninguém duvida. Lembremos Toinho e Dedé da Mulatinha , consagrados poetas populares; Egídio de Oliveira Lima , folclorista, escritor e patrono da Cadeira nº 22 da Academia de Letras e Artes do Nordeste; João Benedito , cujos versos sobre o tempo foram eternizados por Câmara Cascudo, e no passado exitiu os irmãos Pichaco que tinham o dom do improviso. Em um antigo cordel (1904) que narra a saga do “ Herói do Norte ”, a altura da estrofe de nº 31, o poeta Francisco Batista das Chagas , descrevendo as proezas de Antonio Silvino, cita o nosso pequeno torrão: E entrei, no dia seguinte, Na povoação de Esperança. Na povoação de Esperança Dois macacos eu prendi, Como êles não se opposeram Soltei-os, não os offendi; Então dos negociantes Os impostos recebi. Que exigi somma guardada Do commercio ninguém pense: Recebi só os impostos Porque isto a mim pertence, Até que um dia o governo De perseguir me dispen-e. De Espera

Tombamento Banabuyê

Antigo tombamento do "Açude Banabuyê", extinto

Solísticos

Leia também o nosso editorial SOLÍSTICOS . Releituras interessantes e opinião sobre temas diversos do cotidiano. Agora aberto ao público em geral. Rau Ferreira

Ginásio Diocesano de Esperança

(Escola Dom Palmeira ) O Ginásio Diocesano de Esperança, pertencente à Paróquia, teve sua pedra inaugural lançada em 1945 na administração do Padre João Honório, mas somente foi concluído em 1953 pelo então pároco Manuel Palmeira da Rocha. Os estatutos da nova escola que funcionaria no sistema de semi-internato, foram publicados no Diário Oficial de junho de 1952, passando a funcionar efetivamente em 1957. O curso ginasial seria de quatro classes e o ensino particular. As aulas iniciaram no ano letivo de 1958, com os Cursos Primário e Ginasial. E a primeira turma, com 52 alunos, formou-se no dia dia 10 de dezembro de 1961 . Padre Palmeira dirigiu a escola paroquial ao longo de duas décadas, auxiliado por João de Deus Melo, José Nivaldo e o professor Manuel Vieira, que foram vice-diretores. A austera professora Hosana Lopes também participou da direção e ministrou aulas naquela unidade durante muito tempo. A Escola Dom Palmeira é um patrimônio histórico. No passado chama-se “Ginásio D

SOL: Por Emílio de Ibiarra

Emílio de Ibiarra em artigo especial para “A União”, escreve sobre o autor de “Sombra Iluminada”. O texto escrito em castelano, foi reproduzido neste diário paraibano para o deleite dos amantes da poesia onde se entrevê: “ El Autor y el critico - El critico y el autor” , numa dualidade de forças que se anulam para transparecer a mais pura arte. Na sua concepção, Silvino Olavo é um autor “ a media luz”, assim como um entardecer de inverno. Ao que confessa: “ Aveces creo que es su verbo, la escala sonora de una orquestra de Puccini, con diapasones de alegrias y de penas, en solfas del porvir ...” Em primeiro plano o crítico se apresenta e não assume a posição de réu ou de critico, procurando a sua imparcialidade e se colocando ao julgamento do leitor - “Este soy yó - un pobre critico temeroso de vuestro tribunal”. E ao analisar a peça, afirma em tom preciso: “ Sombra Iluminada, no es ninguma metáfora sofistica; ni soy yo tan irrespetuoso, que quiera tener irreverencias con ella ”. E mai

Esperança, 1933

Entusiastas da história

Em Esperança dois comerciantes se destacam pelo amor a história. Cada um a seu modo procura preservar a cultura, os costumes e os hábitos locais para as futuras gerações. Seu Antônio Barbosa guarda um importante acervo de fotos antigas em sua residência, além de aparelhos de rádio e antenas parabólicas, discos e livros. Nostálgico, o empresário protaganizou diversas reportagens, as mais importantes foram as da Revista “Esperança 82 Anos” e a entrevista ao jornalista Joseilton Belarmino, do jornal “A Cidade”. Jailson Andrade não fica atrás. Recolhe fotos, recortes de jornais e está constantemente conversando com seus clientes da “Bonboniere Andrade”. Quem o vê atrás do balcão não imagina que detém um grande conhecimento sobre o assunto. Ele próprio escreveu a história da sua família e diversos artigos sobre a cidade, um excelente material que precisa vir a público. Ambos são grandes entusiastas e contribuem muito para a memória esperancense. Rau Ferreira

Cultura em Esperança, 5ª Parte

Cultura & Arte: síntese de uma estória sem começo nem fim Por Evaldo Brasil FORMAÇÃO: Desde a segunda metade dos anos oitenta houve um impulso na procura dos cursos oferecidos pelo Dart, Departamento de Artes da UFPB, por parte de estudantes esperancenses, resultando no aprimoramento de alguns em desenho, pintura e escultura, havendo aqueles que enveredaram pela música, seja canto ou instrumentos, além de teatro e cinema. SÃO JOÃO: Foi e continua sendo uma grande tradição. O primeiro registro que encontramos é o poema “Noite de S. João”, publicado em 24 por Silvino Olavo. Durante muito tempo, espaços como o “Irineu Joffily”, CAOBE, Campestre e diversas escolas foram palcos de grandiosas festas e quadrilhas. Além da Festa do Coco, organizada por José Luiz, havia valsa, xote e rancheira marcando os antigos festejos, bem como as comidas típicas e queima de fogos, fogueiras e o Casamento Matuto. Tudo isso também permeando os dias de São Pedro e de Santo Antonio, das adivinhações

Loja Brasil, de Dogival Costa

Fonte: A União, 17/08/1945.

A Pedra do Caboclo Bravo

Há quatro quilômetros do município de Algodão de Jandaira, na extrema da cidade de Esperança, encontra-se uma formação rochosa conhecida como “ Pedra ou Furna do Caboclo ” que guarda resquícios de uma civilização extinta. A afloração de laminas de arenito chega a medir 80 metros. E n o seu alto encontra-se uma gruta em formato retangular que tem sido objeto de pesquisas por anos a fio. Para se chegar ao lugar é preciso escalar um espigão de serra de difícil acesso, caminhar pelas escarpas da pedra quase a prumo até o limiar da entrada. A gruta mede aproximadamente 12 metros de largura por quatro de altura e abaixo do seu nível há um segundo pavimento onde se vê um vasto salão forrado por um areal de pequenos grãos claros. A história narra que alguns índios foram acuados por capitães do mato para o local onde haveriam sucumbido de fome e sede. A s várias camadas de areia fina separada por capas mais grossas cobriam ossadas humanas, revelando que ali fora um antigo cemitério dos pr

Pavilhão XV de Novembro

Segundo noticiou o blog “ A Folha de Esperança ”: “ Aos poucos Esperança vai assistindo parte do seu passado sendo destruido, dando espaço aos novos empreendimentos do ramo imobiliário. Relíguias como a saudosa Praça Coreto (foto), hoje Praça Getúlio Vargas, ficam só na mente de saudosistas que procuram resguardar o passado de Esperança, arquivando fotos históricas ” ( http://folhadeesperanca.blogspot.com , 10/09/2010: Jornalista Otílio Rocha ). Trata-se de um patrimônio histórico e cultural de valor inestimável que cede lugar as novas construções. A foto publicada neste periódico eletrônico é do Pavilhão XV de Novembro – atual Praça Joaquim Pereira (Calçadão) – denominado por alguns de “ Mantegueiro ” em função de seu formato. Neste local Antonio Candido possuia um bar que era frequentado na década de 60 pelo poeta Silvino Olavo , seu primo. Ainda na lateral observamos o prédio da antiga Prefeitura Municipal , onde hoje é a sede do INSS nesta Cidade. Ficamos felizes com a publicaçã

Um certo baú de lavras

É Zezinho Bezerra natural dos carrascais de Esperança, na minha Paraíba, donde saiu para resgatar o lírico de uma assim chamada “ Geração 59 ”, quem nos brindou com o seu “ Baú de Lavras ” (Ed. UFPB: 2009). O poeta define a poesia em versos e autobiografa as sua memórias, vivenciadas na fazenda de seu genitor, na pequenina Banabuyê. Lembra no “ Beijo-Doce ” e as trairas que “ que esperavam dóceis, ser pescadas à mão por Zazá ” e os brejos de Camucá, Caracol e Timbaúba que lhe eram familiares. “ O meu pai dedilhava na varanda a moda duma dona sem virtude, e destoava trovas de ciranda no terreiro, coaxos pelo açúde … .............................................” (A Casa-Grande de Timbaúba I: p. 97). E ainda revela: “ Borda minha mãe um amuleto, Meu pai ferrava gado no curral. Meus irmãos ensaiavam, em terceto, Ladainha, que fosse madrigal. … .............................................” (A Casa-Grande de Timbaúba II: p. 98). E dedica versos aos seus amigos/ compan

Propaganda do passado

Loja Ideal, de Manuel Rodrigues de Oliveira

O Patronato de Elisio Sobreira

Por Marilda Coelho Professora, historiadora, e specialista em Educação de Jovens e Adultos, e Coordenadora de Ciências Humanas e Tecnologias em Esperança Com o título: CORONEL ELÍSIO SOBREIRA: DO HEROÍSMO AO PATRONATO, mais uma obra é publicada pelo esperancense Inácio Gonçalves, autor de vários livros que enaltecem a sua terra natal, dessa vez ele faz uma homenagem ao Coronel Elísio Sobreira, também natura de Esperança (1878-1942), no ano que se comemoram 132 anos do sei nascimento. Trata-se de um esboço biográfico do Coronel Elísil Sobreira, enfocando sua brilhante e importante trajetória enquanto " Patrono da Polícia Militar da Paraíba ", corporação que serviu na decorrer de 35 anos. O prefácio do livro é assinado pelo advogado e escritor Rau Ferreira , que com bastante conhecimento sobre o Coronel Elísio, apresenta a obra enfocando todos os pontos abordados pelo autor. A idéia de homenagear o Coronel Elísio Sobreira com essa obra é plausível. Inácio foi muit

Projeto "Menina Esperança"

O projeto “Menina Esperança” - surgido na Escola Teológica – procura desenvolver a criatividade e habilidade das meninas esperancenses através de ações educativas que lhes estimulem a autoestima e as afaste dos perigos da infância e adolescência. A idéia central segue o calendário escolar onde serão contempladas crianças de 8 à 12 anos que participarão de cursos de artesanato, reciclagem, jardinagem e atividades de recreação, dança e teatro e funcionará no Centro Pastoral. Nesta fase os infantes podem se tornar alvos de abusos e violências e ficarem estimatizadas em sua vida futura. Nunca é demais cercar-lhes de cuidados e proporcionar um ambiente sadio e favorável ao seu crescimento pessoal. Mas para a concretização deste sonho é preciso o apoio da Comunidade, meio e fim desta ação social, através de doações e contribuição nos eventos empreendidos pelos responsáveis visando angariar fundos. Abrace esta causa e participe você também! Rau Ferreira Fonte: Jornal “A Folha”, Edição nº 10

Esperança tem cultura?

Estou editando um livro biográfico sobre o poeta SILVINO OLAVO . Não entendo quase nada sobre editoração mas fui obrigado a aprender. Sábado (28/08) fiz uma apresentação para duas senhoras da nossa sociedade e estas ficaram encantadas com o conteúdo e inclusive me pediram uma cópia. Mas creio que ainda não é o momento; não podemos perder o ineditismo desta obra. Segundo consta, não temos recursos para isso . Se ninguém ajuda, faço eu mesmo! Desejo publicar mas se for caro demais - pois tenho outras obrigações inclusive familiares - toco fogo em tudo. Afinal Esperança não merece a cultura nem o privilégio deste ilustre cidadão. E de tantos outros, a exemplo de Gemy Candido, Epaminondas Câmara, Egídio de Oliveira Lima, João Benedito, Severino Ramos Pereira e de um genial Titico Celestino. Em dezembro a Loja Maçônica " Dogival Costa " deve lançar a Revista do Jubileu de sua fundação; talvez escreva alguns artigos. Há 15 dias atrás entreguei em sessão solene a biografia do pa

Esperança

Imagem noturna da cidade vista da Capelinha

Cultura em Esperança, 4ª Parte

Cultura & Arte: síntese de uma estória sem começo nem fim Por Evaldo Brasil ARQUITETURA: A cultura em Esperança tamém se destacaria pelo patrimônio arquitetônico, com pelo menos 20 itens, destacando-se a igreja Matriz Católica, com seus 36m desde a reforma promovida por Mons. João Honório a partir de 1938 . O casarão construído por Theotonio Tertuliano da Costa, onde funcionou a Sec. Mun. de Edu. e Cultura. A Villa Santa Maria, a Caza Paroquial, as capelas, o cemitério, a Casa Grande da fazenda Bela Vista, onde vivera o poeta Silvino Olavo, a antiga sede da Cidagro, atualmente Almeida Construções; e o sobrado de Didi de Lita, na esquina da Manoel Rodrigues com a Solon de Lucena, rua onde padece uma das mais engenhosas soluções arquitetônicas da nossa cultura: a Balaustrada. PASTORIL: Ainda ocorre, esporadicamente, a disputa entre cordões, vermelho e azul, do pastoril, uma disputa pelo título de rainha da festa, ou mesmo pelo cordão de garçonetes que mais arrecadar recursos para

Desfile 7 de Setembro

Imagens do Desfile da Pátria, em Esperança/PB Veja também a nossa postagem " 7 de Setembro, anos 70 ".

Ossos do ofício!

O prefácio de Elísio Sobreira. Quando me foi solicitado pelo autor Inácio Gonçalves de Souza em uma conversa informal o prefácio de seu novo livro – Coronel Elísio Sobreira: do heroísmo ao patronato – foram necessárias apenas duas horas para entrega-lo a professora Marilda Coêlho , responsável pela digitação e editoração desta obra. Não tinha dúvidas de que este seria um bom exercício. Foi prazeroso e oportuno expor os meus conhecimentos acerca deste ilustre esperancense. Imaginei-o na pequena Vila Banabuyê em companhia de seus pais Juviniano e Maria Augusta Sobreira, com quem aprendera as primeiras letras; o ingresso na academia policial onde sobressaiu os seus dotes musicais, e sua ascenção ao posto de alferes. Suas lutas armadas, combatendo os inimigos da pátria republicana, a sua feliz administração nas interventorias das cidades de Alagoa Grande e Pombal. E até mesmo dirigindo a corporação que serviu por longos 35 anos. Considerei ainda a sua atuação como ordenança do gov

Barriga de aluguel

O termo “ barriga ” na linguagem do jornalismo é utilizado para referir-se a alguma notícia tendenciosa e que não tem tanta credibilidade. Apesar deste site não ser informativo e sim memorialista , algumas vezes publicamos notas que tinha relevância para a história da cidade. Porém alguns dias atrás cometemos um impropério a que o leitor nos chamou a atenção. Gostaria muito que esta carta de repúdio chegasse a público mas o seu remetente preferiu o anonimato e devemos respeitar a sua vontade. Dizia-nos Renato Russo : “ O sol nasce para todos . .. ”; e é bem verdade. Na internet há muito espaço: sites, portais, blogs e páginas avulsas. E uma multidão que quer ser bem informada. Porém suas razões são plausíveis. Não podemos aqui classificar quem é o “ melhor ” site, não nos cabe esse julgamento. Também não podemos “ empurrar ” goela abaixo as nossas opiniões. Estas ficarão guardadas no íntimo e daremos conta apenas ao travesseiro. Tão pouco calar diante de uma realidade em que as pe