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Mostrando postagens de fevereiro, 2010

Jornal "A Seta", 1928

No ano de 1928 circulou em Esperança o jornal “ A Seta ”, editado por ocasião das festas de Nossa Senhora do Bom Conselho. Os redatores eram: Teotônio Rocha, Sebastião e Severino Diniz. O diretor daquele expediente (Tancredo Carvalho) era ligado à sociedade esperancense, pois sua esposa era natural desta cidade e este vinha “ sempre a Esperança a fim de visitar os familiares e tomar parte nas festas ” (p. 119). Como se vê, desde os seus primórdios esta terra já demonstrava ser progressista e comunicativa. Rau Ferreira Fonte: - Memórias de um brejeiro, Tancredo de Carvalho, Ed. S. N.: 1975, p. 119; - Paraíba, Imprensa e Vida: Jornalismo impresso 1826 a 1986, p. 117.

Esperança: Balancete de 1935

No ano de 1935 era publicado no jornal “ A União ” (p. 02) o balancete das receitas e despesas da Prefeitura Municipal de Esperança. Na época, o município era administrado pelo Sr. Theotônio Tertuliano da Costa , tendo por secretário o Sr. Manuel Simplício Firmeza . A lei exigia que os gestores apresentassem as contas devidamente aprovadas pelo Conselho Municipal. Trazemos para conhecimento dos nossos leitores a planilha de 30 de abril de 1935, em sua forma original:   "Prefeitura Municipal de Esperança Balancete de Receita e Despesas em 30 de abril de 1935 Receita 1. Licença 685$000 2. Imposto de feira 1.218$700 3. Décima 324$800 4. Registro de entrada e saída de mercadoria 224$000 5. Gado abatido 246$000 6. Aferição 592$000 7. Taxa de Limpeza Pública 95$000 8. Patrimônio 74$500 9. Imposto sobre veículos 240$000 10. Matrículas $ ---- 11. Imposto territorial 10$000 12. Rendas diversas $ ---- 13. Dívida ativa 101$800 Soma da receita 3.814$200 Saldo anterior 2.136$900 Total 5.951$10

I Corrida da Fogueira em Esperança

A “ I Corrida da Fogueira ” foi organizada em Esperança por Severino Ramos Pereira , o Dr. Nino, na década de 60. Na época foi solicitado dos clubes de futebol que indicassem cinco de seus jogadores para formar a competição. Participaram as equipes do América F. C. e Palmeiras . O evento aconteceu no dia 23 de junho de 1965, véspera das festividades de São João, razão pela qual denominaram de “ Corrida da Fogueira ”, com cerca de 11 atletas. A largada aconteceu no antigo Ginásio Diocesano, e o percurso teve o seguinte trajeto: Rua Manuel Rodrigues (Rua Grande) descendo pela Juvinano Sobreira e Antenor Navarro (Rua de Areia), prosseguindo pela Sebastião Araújo (Rua da SAMBRA) e davan a volta pelo “Esperança Clube” na Rua Manuel Palmeira e de lá até a lateral do Posto Atlantic. A partir daí os atletas enfrentavam a subida da Rua Senador Epitácio (Rua do Boi) e desciam pela Dr. Silvino Olavo até a entrada do antigo Açude Banabuiê, retomando nas ruas Patrício Bastos (em frente ao atual

A importância de SOL

Muitos esperancenses desconhecem a figura do poeta Silvino Olavo Cândido Martins da Costa ; pouco ou quase nada se ouve falar dele nas escolas. Não existe um monumento sequer em sua homenagem, salvo a placa alusiva ao centenário aposta na Praça da Cultura. Mas quem era esse tal Silvino? Formado em Direito pela Faculdade do Rio de Janeiro é o autor de “ Estética do Direito ” (1924), seu trabalho de conclusão de curso. E também “ Cysnes ” (1924) e “ Sombra Iluminada ” (1927). São ainda de sua autoria o estudo literário “ Cordialidade ” (1927), que chegou a ser traduzido para a língua inglesa e “ Badiva ” (1997), que é uma obra póstuma e reúne diversos poemas inéditos. Atuou como jornalista e colaborou com diversos períodicos, como “ O Jornal ” e “ A União ”, órgão oficial do Estado da Paraíba. Além disso, escreveu para a revistas “ Nova Era ” e a folha “ A Província ”, do Rio de Janeiro. Era um grande orador, tanto que durante seus estudos no Colégio Pio X, em João Pessoa, foi convidado

Imagem da História: Eletrônica Barbosa

Foto: A Eletrônica Barbosa em dois momentos de sua história.

Macambira & Querindina

O casal Antônio Fernando Rocha e Marinalva Bezerra de Menezes incorporam os personagens “ Macambira & Querindina ” desde junho de 2002, e se apresenta nos mais variados eventos locais e nacionais. É com muita irreverência que exalta a linguagem matuta e os trejeitos do povo paraibano. Bastante populares na cidade e casados há 22 anos, ele é vendedor e adido cultural, e ela é socióloga e professora da Escola Estadual “ Irineo Joffily ”. Desde 2003 escrevem e divulgam o cordel em todo o país. Entre os mais diversos títulos que compuseram destacamos: Macambira & Querindina no dia dos namorados; A chegada de Imbirinha; O dia que Macambira morreu; O primeiro São João de Imbirinha; Macambira e o papagaio falador, e o Casamento Matuto de Macambira e Querindina . Em 2008, com o apoio do Ministério Público da Paraíba, entraram na luta contra a corrupção e na oportunidade lançaram “ Um bicho chamado corrupção ”, que lhe rendeu muitas homenagens daquela instituição. Este trabalho foi di

As administrações de seu Luiz

Luiz Martins de Oliveira foi o cidadão que mais governou o nosso município. Seu primeiro mandato como prefeito de Esperança foi de 1963 a 1969, na época ele havia sido eleito pelo PDC e tinha por vice Manoel Luiz Pereira . Em 1973 ele retornou ao cenário político, agora pela ARENA , permanecendo na prefeitura até 1977, e tendo como companheiro de chapa Odaildo Taveira Rocha . De 1983 a 1989 ele governou o município com o apoio do vice Armando Abílio Vieira , sendo eleito pelo PDS 2. Desta época, lembramos o seu lema poético: “ Do verde a Esperança do povo a confiança ”. Sua quarta gestão foi no período de 1993 a 1996, encabeçando a chapa majoritária do PFL juntamente com Severino Ramos Pereira , o Dr. Nino. Todas as suas adminstrações foram marcadas pelo dinamismo e obras de infraestrutura, que deram o contorno da cidade. Muitas de suas benfeitorias foram citadadas em livros de suas administrações que narram a trajetória deste político a frente da edilidade municipal. No ano de 2000,

Comarca de Esperança: primeiros juiízes

O Decreto-lei nº 39 , de 10 de abril de 1940 criou a Comarca de Esperança, desmembrando-se assim da Comarca de Areia. O primeiro Juiz comarcão foi o Dr. Adhemar Lafayette Bezerra , removido a pedido para Esperança por ato de 23 de agosto de 1940, permanecendo até 20 de junho de 1947. O Dr. Luiz Soares de Araújo tomou posse da Comarca em 05 de junho de 1948, em substituição ao Dr. Adhemar, e foi promovido em 24 de janeiro de 1957. Sucedendo-lhe assumiu esta unidade judiciária o Dr. Sebastião José Bezerra Cavalcante Neto , no período de 06 de junho de 1957 a 19 de fevereiro de 1959. O nosso quarto Juiz de Direito foi o Dr. Inácio Machado de Souza , que assumiu esta Comarca em 13 de abril de 1959. A Comarca ainda se constitui dos seguintes termos judiciários: Areial e Montadas, este último instituído pela Lei nº 2.652/61. No ano de 1987 foi criado o 2º Ofício da Comarca de Esperança de 1ª Entrância, tendo o Dr. Antonio do Amaral assumido interinamente a Vara, até a chegada do Dr. Gils

Theotônio Tertuliano da Costa

O cidadão Theotônio Tertuliano da Costa foi comerciante e proprietário na cidade de Esperança, onde exerceu diversos cargos públicos. Nasceu em 09 de setembro de 1875 e faleceu no dia 30 de outubro de 1959. Casado com a Sra. Severina Maria da Costa , construiu sua residência na rua principal: um grande casarão com diversos cômodos no melhor estilo da época; e que faz parte do nosso patrimônio histórico. Atual prédio da Secretaria de Educação Municipal (Rua Manuel Rodrigues). A sua “ Loja das Noivas ” era uma das mais frequentadas, tendo este comércio existido de 1897 a 1950. Na política, foi Vice-prefeito de Esperança de 1925 a 1929, assumindo a prefeitura na gestão seguinte (1929-1937). Havendo notícias inclusive de que teria governado também Alagoa Nova. Em 1925 esteve presente na instalação do município e do termo judiciário de Esperança, juntamente com o prefeito Manuel Rodrigues de Oliveira e autoridades. Na ocasião, telegrafou ao governante do Estado nos seguintes termos: “ Te

SOL: Política e Democracia

Na edição de 23 de junho de 1929 do Jornal “ A União ”, o Bacharel Silvino Olavo cuida, com muita propriedade, dos termos “ política ” e “ democracia ” na sua contemporaneidade. Inicialmente delimita o sentido das duas palavras em questão, sob a ótica das duas correntes ora existentes; como sendo a política “ a luta dos agrupamentos eleitorais ” ou “ a direção de uma sociedade agindo em função do meio físico ”. E democracia, para uns, “ o conjunto das vozes esparsas que não elegem ninguém ”, e para outros, “ o conjunto das instituições e das conquistas liberais definitivas ”. E continua a dualidade das duas formas vocábulas, que a seu ver repousam de um lado nas forças econômicas, e do outro no ânimo coletivo. E que “ uma nova mentalidade dirigente, percebendo que o regime desequilibra-se à falta resistências econômicas, oritenta-se para uma organização técnica de governo ”. Em específico à democracia, entende Silvino que “ o homem deixou de ser 'o animal político' de Aristóte

Achados arqueológicos em Esperança

Na cidade de Esperança, no interior da Paraíba, podem ser observados registros pré-históricos de outras civilizações (civilizações antigas ou então pré-históricas) em dois sítios da região: Lagoa de Pedra e Caldeirão . Em Lagoa de Pedra , distante cerca de 5km da sede do município, existem inscrições rupestres (pintadas) gravadas em um grande paredão. O painel mede 1,28 x 1,29 cm e é composto de formas esquemáticas de possíveis zoomorfos em tom de vermelho e fica próximo ao tanque de onde foram retirados na década de 90 fósseis de animais pleistocênicos por pesquisadores da UFPB. Enquanto que na localidade Caldeirão registra-se uma importante Itacoatiara sob a técnica da meia-cana, cujas gravuras muito se assemelham as da Pedra do Ingá. O local é privilegiado pela natureza e possui uma cachoeira e um riacho, afluente do Rio Mamanguape. Além dos achados pré-históricos e das belezas naturais, os dois sítios possuem a vegetação nativa relativamente preservada, reunindo condições necessá

G.R.E.S. "Última Hora": Desfile de 1985

Nos anos 80 o Grêmio Recreativo e Escola de Samba “Última Hora ” desfilava pelas ruas de Esperança com o enredo “ Sombra Iluminada ”. A letra de autoria de Jaime Gonçalves de Lima (Jaime Pedão), homenageava o ilustre esperancense Silvino Olavo da Costa, “ consagrado como jornalísta, grande poeta e escritor ” e um dos responsáveis pela emancipação do nosso município. A partitura contou com a colaboração do grande músico e instrumentista João Veríssimo . Composta por diversas alas, com destaque para a das “ Baianas ”, a escola ganhou as ruas da cidade com muita empolgação e alegria no carnaval de 1985, inclusive se apresentando na semana do folclore promovida pelo MOBRAL . A bateria nota 10 dava o tom ao samba que era puxado por João Gavião, Dudé e Ubirajara , enquanto os passistas percorriam a avenida da folia. Sob a presidência do Sr. Luziete de Arruda Câmara , a escola foi a campeã daquele carnaval somando até então 14 títulos, inclusive o de 1º Lugar no ano de 1973 na cidade de Cam

O "Bom" do carnaval

O primeiro bloco a participar do carnaval de Esperança foi o “ Bom porque pode ”, fundado em 1927 por “ Seu Tochico ”. O grupo possuia 35 componentes e era formado na sua maioria por operários da indústria sapateira. A fantasia era confeccionada pela Sra. Maria do Carmo Lima Batista, nas cores preto, amarelo, roxa, branco e verde. Dessa época lembramos os seguintes componentes: Mafia, Bida, Zé Bilingue, Manoel de Gonçalo, Novo, Piaba, Zé Pereira, Arara, Basto Boleiro, Lita, Manoel Filipe e João Marcolino. A orquestra que animava os foliões era tocada por Bicina, Basto de Tino, Zé Boneco e Bibi e outros. Já o “ Coronel nas Ondas ” surgiu em 1932, organizado pelo professor norte-riograndense Luiz Gil. Era o bloco de elite esperancense, do qual participavam figuras importantes como: Silvino Olavo (Poeta), Hígidio Lima, Sandoval Santiago, Sebastião Luna, José Chocolate, Hortência Ribeiro, Fausto Basto, Antônio Florentino, Theotônio Costa (Comerciante), Manuel Rodrigues (1º Prefeito) e Teot

Carnaval de todos os tempos 2

O carnaval antigo se destacava A simplicidade e a brincadeira Nada de violência ou bebedeira O povo se fantasiava Saia às ruas na zoeira e em todo canto se alegrava. O mela-mela e o pó de arroz pairava E não terminava na terça-feira O bloco de Léro passava E levava toda a canseira. E os carros na principal desfilavam E as meninas todas faceiras A todos meninos encantavam Numa tremenda brincadeira. Às quatro saia o Zé Pereira Depois o “ Bumba ” de Marcolino dançava E a “ Boneca ” de Lero já na soleira A sua vez esperava! Na rua havia cachoeira de baldes d'agua que deitava As pessoas das casas inteiras Por sobre quem passava. E no alto da ribeira A orquestra que tocava Era seu “ Boneco ” e a cabeleira do Zezé eternizava. No CAOBE a soleira do palco também vibrava ao som do frevo e na folia do “ cheira ” o perfumo dominava. Até quem não tinha eira O carnaval festejava Pois mesmo sem beira O povo as ruas ganhava. E todos faziam carreira Quando a Ala-ursa avançava Com seus modos

Os Taka-toxas que não sabiam dirigir

Nos anos 80 o grupo Taka-toxas inovou no carnaval. Era formado por jovens que, às vésperas das festas de momos e de improviso compravam um carro, pintavam e saiam às ruas com seus trajes típicos. Mas para participar tinha que saber dirigir e nessa época nem Doginho (Dogival Curvelo) nem Jailton (Jailton Rodrigues) tinha essa habilidade. O que fazer? Foi aí que a dupla pegou o veículo e saiu às ruas. A marcha era a primeira. Não a primeira de força mas a que pegasse e fizesse o carro andar, pois nenhum dos dois tinha a menor noção. Dessa forma eles foram parar na Rua Dr. Manuel Cabral, ladeira abaixo. O carro ganhava velocidade cada vez mais e Jailton que estava no volante perguntou a Doginho como fazia para parar. Ao que ele respondeu apontando para um dos pedais: “ Eu acho que é esse aqui !”. Jailton cruzando os pés conseguiu freiar. Ufa! Assim eles tiveram as primeiras lições de direção nas vias públicas de Esperança. Rau Ferreira Fonte: - Entrevista concedida pelo Historiador Jai

Faculdade Bacurau - Ano III

Rede de Ensino e Faculade "Bacural" Curso Intensivo durante os 3 dias de Carnaval Organização: Neguinho .

Carnaval de todos os tempos

Esperança se orgulha por fazer um dos melhores carnavais da região. Antigamente a festa era comemorada pela elite local. Dessa época datam os blocos “ Bom porque pode ” (1927), o “ Coronel nas Ondas ” (1932) e o “ Bloco das Flores ” (1933). Com o passar dos tempos a festa se popularizou e ganhou as ruas. Surgiram outras agremiações e escolas de samba, a exemplo dos “ Pioneiros do Samba ” (1966), “ Última Hora ” e “ Mangueirinha ” (1967). Na mesma década foram formados o “ Bumba-meu-boi ” e os “ Índios ”. Nas décadas de 70 e 80 se destacaram os grupos e charangas como “ Os Borós ” (1970), “ Sambalogia ” (1976), “ Samba 8 ” (1977), “ Os Caçulas ” (1981), “ Massa Real ” (1981), “ Taka-toxas ” (1982) e os “ Invasores do Samba ” (1983). Os anos 90 foram marcados pelas “ sedes de carnavais ”, que são ponto de encontro dos foliões com muito som e pinturas próprias espalhadas pela cidade, alugadas pelos carnavalescos. Houve também o oficioso “ Bloco da Saudade ”. Em 2009, o saudoso jornalista

História de Massabielle

Capela de Massabielle Massabielle fica a cerca de 12 Km do centro de Esperança, sendo uma das comunidades mais afastadas da nossa zona urbana. Na sua história há duas pessoas de suma importância: José Vieira e Padre Palmeira . José Vieira foi um dos primeiros moradores a residir na localidade e durante muitos anos constituiu a força política da região. Vereador por seis legislaturas (1963, 1968, 1972, 1976, 1982 e 1988) e duas suplências, foi ele quem cedeu um terreno para a construção da Capela de Nossa Senhora de Lourdes. Padre Palmeira dispensa qualquer apresentação. Foi o vigário que administrou por mais tempo a nossa paróquia (1951-1980), sendo responsável pela construção de escolas, capelas, conclusão dos trabalhos do Ginásio Diocesano e fundação da Maternidade, além de diversas obras sociais. Conta a tradição que Monsenhor Palmeira celebrou uma missa campal no Sítio Benefício, com a colaboração de seu Zé Vieira , que era Irmão do Santíssimo. O encontro religioso reuniu muitas

Acervo em expansão

Hoje para a nossa grata satisfação recebemos do amigo Jailson Andrade um material de ótima qualidade, ele que é comerciante em nossa cidade e um dos fundadores do grupo “ Samba Hits ”. Trata-se de um documento com cerca de 50 páginas em que ele registra a história de sua família e conta fatos relacionados a comunidade esperancense que vão desde a emancipação até os dias atuais. A pesquisa é rica em detalhes, nomes e datas demonstrando um profundo conhecimento do assunto. O personagem central é a Sra. Lourência , a matriarca da família ANDRADE , uma mulher forte e que muito se empenhou para criar e educar os seus filhos, rompendo barreiras e demonstrando a força da mulher paraibana. Dos escritos de Jailson, chamamos a atenção para os Capítulos “ Um pouco sobre Esperança ”, onde ele descreve a vida social e os costumes da época, o carnaval e os “ causos ” da cidade; e “ Anos 70: nostalgia de uma geração feliz ”, em que relata seus tempos de criança e lembranças pessoais. O autor soube

O Sonho de Iracema, cordel de Evaldo Brasil

Evaldo Brasil é uma das mentes mais brilhantes que Esperança possui atualmente. Ele passeia por várias atividades culturais dando um show em cada uma delas. Ele vai da pintura à fotografia, sem tirar o olhar. Do jornalismo à poesia, sem perder o ritmo das palavras. Da cena às salas de aulas e ainda assim é o mesmo: simples, contente, amigo... Difícil é eleger suas qualidades (poeta, escritor, jornalista, ator, humorista, redator, professor etc). E certamente a vaidade não é uma delas! Certa vez numa conversa informal ele me disse que não quer ser o andor, mas não vê nenhum problema em ajudar a carregar o santo. Nesta 6ª Edição da Revista Comercial, ele dá mais uma demonstração de sua genialidade com o Cordel 49.127 , escrito em novembro do ano passado. Em sete estrofes ele consegue resumir todo um sentimento coletivo. Mas é preciso ler para conhecer e saber o que ele pensa. E pensando nisso, transcrevo neste artigo este trabalho da maneira como foi publicado. E a reflexão fica por con

O Esporte em Esperança

O Brasil é o país do futebol e em Esperança não poderia ser diferente. Este esporte há muito tempo tem se destacado na cidade. São inúmeros os campos de peladas, peladeiros e atletas de fim de semana, todos ávidos em marcar um gol. As primeiras notícias desta modalidade esportiva datam de 1919. Segundo uma versão, nesse ano teria surgido o primeiro time de futebol local, o “ Epitácio Pessoa ”, dirigido por Manoel Cavalcante de Melo (Yoyo de Biluca). E a primeira equipe organizada foi o Vera Cruz , de Basto de Tino e João Galdino , no ano de 1925. Mas a cidade registra na sua história outras práticas desportivas. Francisco Cláudio [1] relata que “ nem só de futebol vivia Esperança. Praticava-se também outros esportes, como voleibol, atlestimos, tenis de mesa, jogava-se muita 'dama' e peteca ” (p. 143). No volei masculino tínhamos Zé Lacerda, João Costa e Manoel Batista , esse descrito como o “ melhor cortador de Esperança ”. E no feminino, Salete Ataide, Lêla e Cornélia Din

Cronologia da Comarca de Esperança

1896:  Criação do 2º Juizado de Paz da antiga Vila “Boa Esperança”, pertencente ao Juizado de Alagoa Nova, da Comarca de Areia; sendo Thomaz Rodrigues de Oliveira o primeiro Juiz de Paz e José Pereira Brandão o primeiro Escrivão de Paz. 1925 : No dia 1º de dezembro por força da Lei nº 620, era estabelecido o Termo Municipal e nomeado o Sr. João Marinho da Silva para a função de Juiz Municipal, coincidindo com a própria emancipação da cidade. Nessa época o judiciário local continuava vinculado à Comarca de Areia. Outros serventuários: José Irineu Diniz, Partidor e Distribuidor; Antonio Francisco Diniz, Contador do Juízo; e João Clementino de Farias, Tabelião; e Teotônio Cerqueira Rocha, Adjunto de Promotor. 1926 : Tomam posse Inácio Rodrigues de Oliveira, primeiro Delegado; João Gonçalves de Lima, Oficial de Justiça; João Baptista Ferreira, Pedro Fernandes Pimenta e Manoel Joaquim da Costa, Inspetores de Quarteirao; e Sebastião Nicolau da Costa, Avaliador. 1929 : No dia 19 de novembro e

Novas ruas asfaltadas

Nesta segunda etapa de pavimentação estão sendo recapiadas as Ruas Monsenhor Palmeira (rua da Maternidade), Senador Epitácio (rua do Boi) e Praça Dom Adauto (Posto da Ferro), passando pelas Ruas Sebastião Araújo (Depósito do Almeida), Napoleão Laureano (rua da Câmara e CAOBE). O objetivo é melhorar a trafegabilidade e durabilidade com as ruas pavimentadas, diminuindo os gastos do erário público. Em seguida será feita a sinalização vertical e horizontal, de modo a orientar melhor pedestres e motoristas. As informações estão do site da prefeitura, disponível em esperanca.pb.gov.br . Rau Ferreira Fonte: - esperanca.pb.gov.br ., acesso em 09/02/2010.

Poema: Meu carnaval

Ala-ursas, gueixas e urubus Num carnaval místico conheci E mascaras, bailes e índios Que neste cordel revivi. De Brasis, Jacintos e Luiz! Fantasiados a me perquerir No límpido céu luzindo Onde a tradição possa existir. Não sei! Talvez Quérluz, Taj-Mahal ou Panati A magia continue fluindo E não pare de existir. Quero ser um " sonambulus " Nessas ruas a me esvair Coberto de fitas e panos E todos a me assistir. E entre troças e papangús Possa então garantir Que o carnaval terminando Eu não pare de sorrir. Rau Ferreira

América: Seleção de todos os tempos

Para falar de futebol é preciso recorrer a quem entende. E não existe ninguém melhor pra contar essa história do que aquele que vivenciou o início e os anos áureos do futebol de Esperança: Chico de Pitiu. Este ilustres esperancense além de sócio-fundador do América de Esperança, atuou como atleta da equipe, dispitando grandes partidas tanto como jogador quanto treinador do clube, assumindo ainda a presidência da agremiação. Segundo escreveu em seu livro [1] os grandes jogadores que formariam uma verdadeira “ seleção ” seriam: Pelos Sênios: Manoelzinho, Nêgo Elói, Biu Porto, Chico Pinheiro, Mafia, Vavá, Neide, Zé Bernardo, Gilvan e Piaba . E pelo grupo dos “novos”: Marré, Erasmo, Lilito, Berto Anísio, Pretinho, Petrus, Lêla, Naldinho, Tida e Fuba . “ Todos deram uma valiosíssima contribuição ao AMÉRICA e ao futebol de Esperança ”, escreveu Francisco Cláudio (p. 130). Rau Ferreira Fonte: - [1] “ 50 Anos de Futebol e Etc .”, Francisco Cláudio de Lima, Ed. Rivaisa: 1994, p. 130/132.

A Comarca de Esperança

A história da Justiça em Esperança teve início em 1896 com a criação do 2º Juizado de Paz da antiga Vila “ Boa Esperança ”, pertencente ao Juizado de Alagoa Nova, da Comarca de Areia; sendo Thomaz Rodrigues de Oliveira o primeiro Juiz de Paz. E no dia 1º de dezembro de 1925, por força da Lei nº 620, era estabelecido o Termo Municipal e nomeado o Sr. João Marinho da Silva para a função de Juiz Municipal, enquanto Teotônio Cerqueira da Rocha prestava o compromisso de Adjunto de Promotor, coincidindo com a própria emancipação da cidade. Nessa época o judiciário local continuava vinculado à Comarca de Areia. No dia 19 de novembro de 1929, era publicado o Decreto nº 1.608 da lavra do Sr. Governador do Estado João Pessoa Cavalcanti de Albuquerque. A norma que encontrava amparo no art. 36, §1º, da Constituição Estadual e art. 11 da Lei nº 681/29, “ ad referendum ” da Assembléia Legislativa, restaurava o Termo Judiciário de Esperança, anexo à Comarca de Areia, revogando as disposições em co

Poetas Esperancenses

Esperança tem uma efervecência cultural muito grande e nas letras principalmente. Desde que Silvino Olavo desbravou a poesia em 1924 com seus " Cysnes " muitos foram os que trilharam esse caminho. Pensando nisso criamos um espaço para os intelecutais esperancenses da poesia, de ontem e de hoje. Escritores como Magna Celi e Evaldo Brasil estão na vanguarda deste trabalho. Assim como Basto de Tino e o Prof. José Coêlho abrilhantam a memória textual da cidade. Quem desejar conhecer este trabalho deve visitar o link http://canticodocysne.blogspot.com/ . Além da poesias desses autores, publicamos um pouco de sua história e principais publicações. Rau Ferreira

Restos mortais do Padre Palmeira

Padre Palmeira esteve a frente da Paróquia de Esperança por 29 anos, prestando relevantes serviços a comunidade. Sua administração paroquial foi marcada por uma intensa atividade, com especial enfoque para a educação e a saúde. Construiu capelas, edificou a maternidade, instituiu congregações religiosas e concluiu os trabalhos do Colégio Diocesano. Fundou ainda outras 18 escolas paroquiais, sendo três em Esperança, duas em Areal e as demais na zona rural. Além das Escolas Doméstica, de Aprendizes Alfaiates, Bordado, Arte Culinária etc. Por esses e outros importantes feitos recebeu o título de “ Cidadão Esperancense ”, destacando-se como grande benfeitor da comunidade. Agora uma discussão surge em torno dos seus restos mortais e a possiblidade de serem transladados para a Igreja de Esperança, o que seria uma justa homenagem. Os restos mortais do Padre Palmeira iria se juntar a de outros religiosos igualmente seputados na Igreja Matriz, em lugar de honra. Rau Ferreira Fonte: - Livro do

A Igreja de Esperança

A atual Igreja de Esperança está construída sob uma antiga capela erigida em 1860, fundada por Frei Venâncio. Localizada no centro da cidade, ela tem a forma de um retângulo. Possui uma torre de 36 metros de altura, com uma cruz de acrílico no alto e um relógio cujas badaladas ecoam por toda a cidade, comprado a partir de contribuições iniciadas em 1931. E logo abaixo, a imagem da Virgem do Bom Conselho. Na fachada observam-se três portas de entrada, sendo duas menores. Além de quatro janelas venezianas de ferro e duas em madeira. As portas são de madeira divididas em duas partes. Possuem figuras geométricas desenhadas (losângulos) e estão distribuídas na frente e nas laterais da igreja. Também se obervam na sua constituição janelas de madeira e vidro colorido, que são abertas durante as celebrações. Na lateral encontra-se ainda um rol onde estão depositados os restos mortais de diversos esperancenses ilustres, dentre eles o do poeta Silvino Olavo da Costa . E no centro deste corredo

Aurora, poema de Magna Celi

De mim despontou mais uma pétala. Cada dia eu sou. Eu sou o que eu não sabia. Cada vez mais eu mesma. Eu sou sempre o dia que descortina a aurora. Sou claridade dentro de mim a luzir, e sou luz a sorrir sem tremeluzir. Nunca anoiteço. Vivo a brincar com a aurora que está em mim cor de carmim. E, neste brilho intenso, sempre amanheço, nunca anoiteço. Sou este alvorecer buliçoso das constelações irrequietas. Magna Celi Fonte: - Poemas Misticos: Magna Celi; Ed. Idéia, João Pessoa, 2004 – p. 22.