"Um homem a frente de seu tempo". Foi assim que definiram José Ramalho certa vez, reconhecendo-lhe a sua grande capacidade empreendedora e seu amor pelo esporte de nossa cidade. Leia uma pequena biografia deste esperancense que tanto nos orgulha.
Nascido em 21 de março de 1918, filho do casal Antonio Nicolau da Costa e Rita Lacerda da Costa, o espreancense José Ramalho da Costa foi um dos dos principais comerciantes do ramo de estivas e cereais de Esperança, ao lado de Maximiano Pedro, Severino Pereira da Costa e Severino Grangeiro de Maria.
Iniciou no comércio muito jovem, tinha apenas 25 anos de idade, instalando-se na Rua João Pessoa (1943) e depois na Solon de Lucena (1946).
No campo social, presidiu o antigo Esperança Clube em 1950, onde promoveu grandes festas e bailes de carnaval. Na oportunidade, trouxe para esta cidade a renomada orquestra Tabajara.
Amante do esporte e do futebol local, assumiu a presidência do América F. C. em 1954, criando o Departamento Esportivo e contribuindo em muito na construção do seu estádio, inaugurado no dia 22 de janeiro de 1956.
Este que foi um marco na sua administração, consolidou não só o patrimônio do Clube como abriu as portas para o profissionalismo nos anos que se seguiram, possibilitando a sua participação em vários campeonatos estaduais.
Sua última contribuição para a entidade foi um cheque de vinte e quatro mil cruzeiros, para compra de material (seis pares de chuteiras) que sequer chegou a ser descontado [1].
Por essa e outras razões, a entidade foi reconhecida de utilidade pública pela Lei Municipal nº 151, de 01 de agosto de 1968.
Na política, foi Vice-prefeito na administração de Arlindo Carolino Delgado, eleito pelo PSD para o período de 1959 -1963, alcançando 62,4% das intenções de voto.
Faleceu no dia 15 de novembro de 1965, aos 47 anos de idade, na cidade do Recife/PE, e deixou muitas saudades.
O último registro que se tem dele em campo foi durante a abertura do torneio de futebo juvenil, ocorrido naquele ano.
A partir de então, seguiram-se várias homenagens. A primeira delas surgida com o próprio nome do Estádio “José Ramalho da Costa”.
E com a edição da Lei Municipal nº 487, de 23 de novembro de 1984, a rua situada em frente aquele coliseu passou igualmente a denominar-se José Ramalho.
Em 1997 a “Revista da Esperança” estampava na sua capa: “José Ramalho – um homem à frente do seu tempo”.
Já no ano de 2004, foi a vez do Clube Filatélico Maçônico de Brasília render-lhe homenagem, lançando o selo alusivo aos 86 anos do seu nascimento e 59 anos da fundação do América de Esperança.
[1] Uma cópia deste documento pode ser vista às fls. 101 do Livro de Francisco Cláudio de Lima.
Rau Ferreira
Fonte:
- “50 Anos de Futebol e Etc.”, de Francisco Cláudio de Lima, Ed. Rivaisa, 1994, p. 72/74 e 100;
- Site do TRE-PB, disponível em: http://www.tre-pb.gov.br/;
- “Livro do Município de Esperança”, Ed. Unigraf, 1985, p. 89/92;
- “América Futebol Clube – Patrimônio histórico de Esperança”, de Inácio Gonçalves de Souza, 2001, p. 24/25 e 62.
- Legislação Municipal que dá denominação de Ruas, Praças e Travessas, com relação nominal dos homenageados esperancenses e outros; pesquisa de autoria de João Batista Bastos, 2009;
- Associação Brasileira de Filatelia Maçônica – ABFM (http://www.filateliamaconica.org/historico.html), acesso em 29/07/2009.
- Revista da Esperança, Ano I, nº 02 , Esperança/PB, 1997.
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